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Publicado em 20/05/2025, às 16h01 Foto: Freepik Isabela Fernandes
A busca por motos mais em conta tem levado muitos brasileiros a atravessarem a fronteira com o Paraguai. Por lá, os preços podem ser até 50% menores do que no Brasil. No entanto, esse bom negócio pode rapidamente virar dor de cabeça por causa das leis brasileiras.
De acordo com uma pesquisa do Correio do Estado feita em abril de 2025, motos básicas (entre 100 e 125 cc) custam de R$ 3 mil a R$ 5 mil no Paraguai. Já no Brasil, esses mesmos modelos ultrapassam os R$ 8 mil.
Modelos intermediários (150 a 170 cc) também são mais baratos lá: entre R$ 7 mil e R$ 10,2 mil, enquanto no mercado brasileiro esse mesmo tipo de veículo não sai por menos de R$ 12 mil.
A diferença tem explicação:
Não, mas têm raríssimas exceções.
A legislação brasileira não permite que cidadãos do país circulem com veículos de placa estrangeira, a não ser em casos específicos de turismo e desde que o proprietário comprove residência no país de origem (neste caso, o Paraguai).
Ou seja, brasileiros que compram e trazem motos paraguaias para circular aqui estão infringindo a lei. É preciso passar por um processo formal de importação.
A situação pode gerar sérias consequências legais. Quem for pego dirigindo uma moto paraguaia irregular no Brasil pode:
Importar uma moto usada do Paraguai é proibido, a menos que o veículo tenha mais de 30 anos, que é considerado item de coleção.
Ja motos novas podem ser legalizadas, mas o processo de legalização é longo e exige:
O processo é caro, burocrático e muitas vezes inviabiliza a economia inicial.
Além da legalização difícil, há outros problemas:
O controle no país vizinho é mais flexível, o que pode abrir margem para golpes e fraudes.
Dessa forma, a economia na hora da compra pode sair muito mais cara no longo prazo. A menos que todo o processo de importação seja feito dentro da legalidade, trazer uma moto paraguaia para o Brasil pode se transformar em um grande problema legal.