“Casa de Dinamite”: veja curiosidades sobre o filme atômico da Netflix

Novo filme de Kathryn Bigelow, “Casa de Dinamite”, disponível na Netflix, acompanha os acontecimentos após o lançamento de um míssil não identificado contra os Estados Unidos.

A história acompanha uma corrida contra o tempo para descobrir de onde vem o ataque e definir a resposta adequada. O foco não fica em um único protagonista, mas em várias perspectivas.

Elenco e repercussão

O filme conta com um elenco de ponta, incluindo Idris Elba, Rebecca Ferguson, Jared Harris, Anthony Ramos, Jason Clarke, Gabriel Basso, Greta Lee e Tracy Letts.

Segundo o portal Golden Derby, especializado em previsões para prêmios do cinema, “Casa de Dinamite” está entre os dez filmes mais cotados para receber indicação ao Oscar de Melhor Filme.

O site destaca que “esta estrutura narrativa cria um drama de alta tensão, onde cada personagem tem um impacto e cada escolha é significativa, uma decisão artística que pode favorecer o filme quando chegar a noite do Oscar”.

Kathryn Bigelow e sua marca registrada

Um dos principais motivos para acompanhar o filme é a direção de Kathryn Bigelow, a primeira mulher a ganhar o Oscar de Melhor Direção, em 2010, com “Guerra ao Terror”.

Na ocasião, ela superou seu ex-marido, James Cameron, que concorria com o fenômeno mundial “Avatar”. Conhecida por abordar temas tradicionalmente associados ao mundo masculino, como ação e guerra, Kathryn também foi indicada ao Oscar por “A Hora Mais Escura” (2012).

Trilogia não oficial

Novidade da plataforma de streaming, “Casa de Dinamite” funciona como o terceiro filme de uma trilogia não oficial da cineasta, junto com “Guerra ao Terror” e “A Hora Mais Escura”.

Segundo a diretora, os três projetos vieram de sua curiosidade. “É assim que sempre começa, com a minha própria curiosidade sendo despertada. Eu fiz ‘Casa de Dinamite’ porque eu estava curiosa, não para oferecer soluções políticas”, disse.

Um filme sobre poder

O thriller faz com que o público fique vidrado nos corredores do poder, mostrando profissionais de alto nível do governo americano lidando com decisões extremas no meio de uma crise nuclear.

Kathryn destacou que o antagonista do filme não é um inimigo específico, mas o próprio sistema criado pelo homem para exercer poder militar.

“Eu queria que o ponto de vista do filme se voltasse para dentro, não para fora, e que o público mergulhasse na ambiguidade no centro do debate nuclear: como podemos chamar isto de defesa quando o resultado pode muito bem ser a destruição total? O antagonista é o sistema que construímos para, essencialmente, acabar com o mundo com o mínimo gatilho”, destacou.

Após a estreia no Festival de Cinema de Veneza, a diretora convidou o público a refletir sobre “Casa de Dinamite”. “Convidamos o público a entrar na sala. E então, esperamos, é um convite para decidir o que fazer com estas armas numa situação como esta. O que faríamos? O que eu faria?”.

Classificação Indicativa: Livre