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Dormir mal aumenta o risco de Alzheimer? Veja o que a ciência já descobriu

A privação de sono atrapalha “sistema de limpeza” do cérebro e pode favorecer o acúmulo de toxinas ligadas ao Alzheimer.  |  Reprodução/Unsplash

Publicado em 15/09/2025, às 19h30   Reprodução/Unsplash   Caroline Leal

Dormir vai muito além de descansar. A privação de sono afeta o corpo e a mente, e pesquisas recentes indicam que ela pode influenciar o surgimento de doenças neurológicas, incluindo a demência.

Cientistas tentam entender como a falta de descanso impacta o cérebro, e o sistema glinfático surge como protagonista nesse processo.

O sistema glinfático e a limpeza cerebral

O sistema glinfático funciona como um “serviço de limpeza” do cérebro, eliminando resíduos e substâncias nocivas.

Sem essa remoção eficiente, proteínas como a beta-amiloide podem se acumular, formando placas que prejudicam a função cerebral e aumentam o risco de Alzheimer.

Pesquisas apontam que o sono é o momento em que essa limpeza ocorre de forma mais ativa.

Evidências em humanos e animais

Grande parte do conhecimento vem de estudos com camundongos, mas pesquisas em humanos reforçam a ligação entre sono e saúde cerebral.

Um estudo publicado na revista PNAS em 2018 mostrou que apenas uma noite sem dormir elevou os níveis de beta-amiloide no hipocampo.

Pacientes com insônia ou apneia do sono também apresentam maior risco de acúmulo de toxinas, apoiando a teoria do sistema glinfático.

Medicamentos e sono artificial

Ainda há dúvidas sobre o efeito de comprimidos para dormir na limpeza cerebral. Estudos recentes indicam que eles podem não ativar corretamente a liberação de norepinefrina, essencial para o funcionamento do sistema glinfático, levantando questionamentos sobre soluções artificiais para o sono.

Dormir bem, portanto, não é apenas questão de bem-estar: é uma estratégia vital para proteger o cérebro a longo prazo.

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