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Publicado em 09/10/2025, às 06h00 Foto: Reprodução/Freepik Fernanda Montanha
A MTV deixará de fazer parte do cenário midiático brasileiro no fim de 2025, encerrando uma trajetória de 35 anos no país. A Paramount comunicou que, em 31 de dezembro, seis canais serão desligados do sistema de TV por assinatura, incluindo MTV e MTV Live.
Além deles, também sairão do ar Comedy Central, Nickelodeon, Nick Jr. e o canal Paramount. A partir de janeiro, a marca permanecerá disponível exclusivamente no serviço de streaming Paramount+, dentro do modelo direto ao consumidor (D2C).
A decisão foi motivada por mudanças estruturais no mercado audiovisual. Segundo informações do portal Whiplash, houve queda significativa na receita publicitária, além da redução expressiva no número de assinantes de TV fechada. Esses fatores tornaram inviável manter a operação tradicional dos canais no Brasil.
O fechamento representa uma adaptação estratégica da Paramount ao novo cenário, no qual as plataformas digitais ocupam o centro do consumo de conteúdo, substituindo gradualmente os canais lineares.
A história da MTV no Brasil começou em 1990, quando foi lançada como canal aberto pela Editora Abril. Rapidamente, a emissora se tornou um fenômeno entre os jovens, destacando-se por sua programação musical e linguagem irreverente. Durante os anos 1990 e 2000, a MTV foi referência em cultura pop, consolidando artistas e lançando programas icônicos.
Entretanto, dificuldades financeiras atingiram a emissora no início da década de 2010. A crise culminou em setembro de 2013, com a devolução da concessão à Viacom e o encerramento da transmissão gratuita.
Pouco tempo depois, a marca foi relançada como canal pago. Nessa nova etapa, a MTV concentrou-se em realities e conteúdos de entretenimento, deixando em segundo plano o foco original na música. Apesar de alguns programas bem-sucedidos, a audiência nunca voltou aos patamares do passado.
Agora, com a descontinuação dos canais, encerra-se definitivamente um ciclo importante da televisão brasileira. A MTV segue presente no país apenas no ambiente digital, acompanhando a transformação dos hábitos de consumo de mídia, segundo o Omelete.
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