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Publicado em 16/06/2025, às 15h32 Reprodução/ pexels Bianca Felix
A busca pela felicidade, muitas vezes, esbarra em uma compreensão equivocada sobre o que esse sentimento realmente representa. Segundo a psicóloga Maria Tereza Maldonado, autora do livro "Construindo a Felicidade - A Ciência de Ser Feliz Aplicada no Dia a Dia", é comum associar felicidade a um estado permanente de euforia ou à ausência de problemas - o que, segundo ela, está longe da realidade.
"As pessoas acham que felicidade é um estado permanente de euforia, ter uma vida sem problemas. E não é bem assim", afirma a especialista. Ela também destaca que reduzir a felicidade a momentos de prazer, como “fazer só o que se gosta”, pode ser um erro. Isso porque a vida exige que lidemos com situações desagradáveis também, e isso não deveria ser um obstáculo para sermos felizes.
Maria Tereza acredita que a felicidade pode ser construída e cultivada através de hábitos, mesmo que isso exija esforço. Ela evidencia três comportamentos que, se não forem evitados, dificultam a conquista de uma vida mais plena e satisfatória:
Viver sem reconhecer e valorizar o que já se tem pode impedir o desenvolvimento de um estado interno de serenidade. Para a psicóloga, a gratidão é indispensável, inclusive nos momentos difíceis. “Ter um comportamento oposto (de gratidão) é o que nos dá apoio para que, mesmo nos momentos difíceis da vida - como quando enfretamos obstáculos, problemas e desafios - passemos pela situação sem fraquejar", explica.
Quando não utilizamos os nossos talentos em atividades com as quais nos identificamos, é normal nos sentirmos sem rumo. Além disso, uma vida guiada pelo egoísmo, sem conexão com um bem maior ou com os outros, é capaz de aumentar o sentimento de vazio.
Padrões mentais pessimistas prejudicam os relacionamentos com as pessoas ao nosso redor - desde o parceiro até colegas de trabalho ou vizinhos. Esses pensamentos ocupam espaço e bloqueiam vínculos mais saudáveis.
Maria Tereza comenta que o contexto atual, com tantos conflitos e discursos de ódio circulando nas redes sociais, é responsável por contribuir para o aumento da infelicidade, depressão e ansiedade.
"Vivemos em um mundo muito conturbado, com correntes de ódio se disseminando pela internet, confrontos de pessoas que não aceitam que outras pensem de maneira diferente ou que tenham opiniões opostas as suas. Isso vai gerando um índice maior de depressão, ansiedade, mal-estar e de infelicidade também", conclui.
Entretanto, a especialista também acredita que, mesmo diante de tempos agitados, é possível preservar atitudes positivas e fortalecer os vínculos com os outros.
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