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Estudo da USP revela que alimento comum no Brasil tira até 39 minutos de vida por porção; confira

Estudo inédito estima o impacto de 33 alimentos comuns na saúde e no meio ambiente – e o resultado de um deles vai te fazer repensar sua próxima ida ao mercado  |  Foto: Unsplash

Publicado em 12/05/2025, às 08h00   Foto: Unsplash   Redação BNews São Paulo

Uma simples bolacha recheada pode estar te roubando quase 40 minutos de vida saudável. O dado surpreendente faz parte de uma pesquisa inédita liderada por cientistas da USP, que avaliou o impacto de 33 alimentos populares no Brasil sobre a saúde humana e o meio ambiente.

O estudo, publicado no International Journal of Environmental Research and Public Health, revelou que o consumo diário de cerca de 115 gramas de bolachas recheadas – menos de um pacote – está ligado à perda de 39 minutos de vida saudável. O cálculo é feito com base no Índice Nutricional de Saúde (Heni), que usa dados epidemiológicos para estimar o efeito de diferentes alimentos no tempo de vida com qualidade, sem doenças ou incapacidades.

Mas não é só a bolacha que preocupa. Margarina, carne suína, carne bovina e até os biscoitos salgados estão entre os piores colocados no ranking da saúde. Já alimentos in natura como feijão, banana, peixe de água doce e o tradicional arroz com feijão demonstraram ter efeitos positivos tanto para a saúde quanto para o meio ambiente.

Além dos impactos à saúde, o levantamento também mediu o custo ambiental da produção dos alimentos, incluindo a emissão de gases do efeito estufa e o consumo de água. Para se ter uma ideia, uma porção média de pizza de muçarela consome mais de 306 litros de água, enquanto a carne bovina pode emitir mais de 21 kg de CO₂ equivalente por prato. Em contraste, a banana, por exemplo, emite apenas 0,1 kg de CO₂ e consome 14,8 litros de água.

Dieta brasileira: entre a monotonia e o risco

O estudo dividiu o país em quatro regiões alimentares e encontrou um padrão em comum: arroz, feijão, carnes vermelha, suína e de frango dominam o prato dos brasileiros. Porém, a repetição e o consumo de alimentos ultraprocessados apontam para uma monotonia alimentar e um baixo aproveitamento da diversidade de ingredientes nativos – essenciais para uma nutrição completa e sustentável.

As piores médias de perda de vida saudável foram registradas em grupos alimentares predominantes no Nordeste e no Norte do país, onde o consumo de carne seca, por exemplo, chega a retirar mais de uma hora de vida saudável por porção (-61,15 minutos). Em contrapartida, o açaí com granola mostrou o melhor desempenho positivo: +41,43 minutos de vida saudável.

Classificação Indicativa: Livre


Tags USP Estudo Saúde Alimentação

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