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Publicado em 04/12/2025, às 13h54 Foto: Reprodução/Fiat Fernanda Montanha
A União Europeia estuda criar uma nova categoria de carros elétricos ultracompactos para tornar a mobilidade acessível e reduzir custos de produção.
A proposta, inspirada no conceito dos kei cars japoneses, abre espaço para que a Fiat, reconhecida globalmente por dominar o segmento de carros pequenos, assuma protagonismo.
A marca já avalia desenvolver um modelo elétrico ainda menor e mais barato que o Fiat Mobi, atualmente o menor carro “convencional” da fabricante no mundo.
O projeto, ainda em discussão, prevê estímulos fiscais para veículos com até 400 kg de peso, desconsiderando o conjunto de baterias, e limitados a 20 cv de potência.
A ideia é formar um grupo de automóveis simples, urbanos e de baixo custo, uma alternativa mais robusta aos atuais quadriciclos elétricos, como Citroën Ami e Fiat Topolino, que hoje ocupam uma categoria menos regulamentada.
Se a legislação for aprovada, os novos elétricos precisariam manter um padrão de segurança mais alto que esses microcarros, o que abre caminho para soluções mais próximas de um automóvel tradicional.
É nesse cenário que a Fiat enxerga espaço para criar um modelo compacto que ficaria abaixo do Mobi sem perder identidade ou funcionalidade.
Segundo informações publicadas pela revista Auto Express, os planos só avançam se a União Europeia incluir incentivos para veículos desenvolvidos no continente, com preço máximo de 15 mil euros.
O objetivo é evitar que marcas japonesas ou chinesas inundem o mercado europeu com modelos importados e muito mais baratos.
Jean-Philippe Imparato, uma das principais vozes da Stellantis no continente, alerta que o tempo está contra a indústria. Para ele, as metas ambientais de 2025 e 2030 são inviáveis sem ações rápidas.
“O mercado não está preparado, os consumidores ainda não estão preparados, a infraestrutura não está pronta e o custo é proibitivo”, afirmou.
Segundo o Auto+, apesar do cenário desafiador, o CEO da Fiat Europa, Gaetano Thorel, acredita que existe um momento favorável. Segundo ele, a Comissão Europeia finalmente reconheceu que a indústria automotiva do continente está sob risco.
Agora, resta definir quais medidas serão adotadas para garantir competitividade sem causar impacto negativo nas montadoras.
Como o segmento de carros pequenos tende a ser o mais beneficiado pela nova legislação, Thorel reforça que a Fiat possui vantagem histórica. “Não esqueça: a Fiat é especialista em carros urbanos. No segmento A, somos líderes com folga”, destacou o executivo.
Com a combinação de tradição, escala e experiência em compactos, a montadora pode se tornar o grande nome da próxima geração de elétricos acessíveis — caso a proposta avance em Bruxelas e se transforme no motor de uma nova era da mobilidade europeia.
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