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Publicado em 02/12/2025, às 14h10 Foto: Reprodução/Toyota Fernanda Montanha
A Toyota Hilux é conhecida mundialmente por sua resistência, mas praticamente desapareceu das concessionárias dos Estados Unidos. A ausência não se deve a falhas de projeto ou a qualquer proibição formal, e sim a um conjunto de barreiras econômicas, ambientais e estratégicas que tornaram sua venda pouco viável no maior mercado de picapes do planeta.
Criada no final dos anos 1960, a Hilux surgiu com uma missão objetiva: ser uma picape compacta, resistente e funcional para quem precisava de um veículo capaz de enfrentar trechos difíceis sem manutenção complexa, segundo o Click Petróleo e Gás.
Com o tempo, conquistou espaço em áreas rurais, regiões remotas e países com infraestrutura limitada, tornando-se sinônimo de robustez. A reputação cresceu tanto que a caminhonete passou a ser vista em operações humanitárias, expedições e até cenários de conflito, onde sua durabilidade extrema virou quase uma marca registrada.
A picape já esteve no mercado norte-americano em outras décadas, mas perdeu espaço conforme a estratégia da Toyota mudou. Enquanto a Hilux ganhava força em países emergentes como veículo de trabalho, os EUA caminhavam para outro perfil: picapes grandes, potentes e cheias de conforto, como Ford Série F, Chevrolet Silverado e Toyota Tundra.
Havia também um obstáculo financeiro decisivo: o Chicken Tax, tarifa criada nos anos 1960 durante uma disputa comercial envolvendo frangos. Desde então, qualquer picape leve importada passou a ser taxada em 25%, encarecendo drasticamente modelos produzidos fora dos EUA — caso da Hilux. A taxa não proíbe a venda do veículo, mas torna sua competitividade praticamente inviável.
Para evitar o imposto e atender aos gostos do consumidor local, a Toyota desenvolveu a Tacoma, uma “irmã” da Hilux, porém pensada do zero para o mercado americano. Ela privilegia conforto, motores com respostas mais suaves, suspensão adaptada às estradas locais e interior mais refinado — características que se alinham melhor às preferências dos compradores dos EUA.
As regras de emissões norte-americanas, especialmente para motores a diesel, também afastaram a Hilux. Atualizar o modelo global para cumprir esses padrões exigiria altos investimentos. Com a Tacoma e a Tundra já adequadas às exigências, a Toyota optou por focar nelas.
Nada impede que uma Hilux circule nos Estados Unidos, mas o conjunto de barreiras — imposto de 25%, normas ambientais rígidas e preferência por picapes maiores — faz com que muitos acreditem que o modelo é “proibido”. Na prática, a ausência é fruto de estratégia: para os americanos, Tacoma; para o resto do mundo, Hilux.
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