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Publicado em 30/12/2025, às 11h18 Foto: Divulgação Fernanda Montanha
A Corrida Internacional de São Silvestre completa 100 edições nesta quarta-feira, dia 31, consolidando um legado que ultrapassa a tradição esportiva de fechar o ano nas ruas de São Paulo.
O centenário da prova transforma a corrida em um evento histórico também do ponto de vista financeiro, competitivo e simbólico para o atletismo brasileiro.
Além da celebração, a edição especial entra para os registros oficiais ao oferecer a maior premiação já paga em um século de disputa. O valor total destinado aos atletas alcança cifras inéditas, reforçando a importância da São Silvestre no cenário esportivo internacional.
Ao todo, R$ 295.160,00 serão distribuídos entre os primeiros colocados das categorias elite masculina e feminina. O montante recorde evidencia o peso competitivo da prova centenária e amplia a atratividade para atletas de alto nível.
Os vencedores que cruzarem a linha de chegada na Avenida Paulista em primeiro lugar receberão R$ 62.600,00 cada. As demais posições do pódio também garantem premiação em dinheiro, respeitando a política de igualdade entre homens e mulheres. A equiparação de valores é uma conquista consolidada há quase vinte anos, segundo a organização.
Criada em 1925 como uma corrida simbólica e noturna, com menos de 100 participantes, a São Silvestre passou por profundas transformações ao longo do tempo. Hoje, o evento figura entre as provas mais conhecidas do calendário internacional.
A edição centenária integra oficialmente o calendário da World Athletics, reconhecimento que eleva o nível técnico da competição. Esse selo influencia diretamente a presença de corredores de elite de diferentes partes do mundo.
Em 2025, atletas de mais de 60 países estão inscritos. A diversidade internacional aumenta o grau de competitividade, tornando cada posição no pódio decisiva também do ponto de vista financeiro.
Em uma prova tradicionalmente definida nos detalhes, subir ou descer uma colocação pode representar uma diferença relevante no prêmio recebido, o que intensifica a disputa do início ao fim do percurso.
Desde o sábado, dia 27, a cidade entrou oficialmente no clima da São Silvestre. A EXPO do evento, realizada no Pavilhão das Culturas Brasileiras, no Parque Ibirapuera, recebeu os 55 mil corredores inscritos para a retirada dos kits. O número representa mais um recorde da prova, confirmando sua força popular.
Para viabilizar a corrida, São Paulo mobiliza uma grande operação urbana. Milhares de profissionais atuam diretamente nas áreas de segurança, saúde, logística e organização ao longo do trajeto que corta a cidade, segundo o Money Times.
O percurso passa por pontos emblemáticos da capital paulista, como o Estádio do Pacaembu, a Praça da República e o Theatro Municipal. A prova também percorre vias icônicas, incluindo o Elevado Presidente João Goulart e a Avenida Brigadeiro Luís Antônio.
Idealizada pelo jornalista Cásper Líbero em 1924 e realizada pela primeira vez no ano seguinte, a São Silvestre começou com 8 quilômetros e caráter noturno. Ao longo de um século, a corrida acompanhou mudanças sociais e esportivas marcantes, como a inclusão das mulheres em 1975, a mudança do horário da largada em 1989 e a adoção definitiva do período da manhã em 2011.