Carlo Ancelotti, atual técnico da Seleção Brasileira, foi condenado a um ano de prisão por fraude fiscal na Espanha. O tribunal de Madri divulgou a sentença nesta quarta-feira (9), apontando que o treinador italiano não declarou corretamente rendimentos relacionados a direitos de imagem em 2014, quando comandava o Real Madrid.
Qual o valor da fraude?
Segundo o Ministério Público espanhol, o valor fraudado gira em torno de 1 milhão de euros. Em março deste ano, o órgão chegou a solicitar uma pena mais severa: quatro anos e nove meses de prisão. Após a análise do caso, a Justiça entendeu que a situação poderia ser resolvida com uma pena mais branda.
Ele vai ser preso?
A resposta é não. De acordo com a legislação espanhola, condenações de até dois anos por crimes não violentos, e cometidas por réus primários, dificilmente resultam em prisão. Como Ancelotti não tem antecedentes, a pena deverá ser convertida, e ele continuará em liberdade.
Houve outras acusações?
Sim. O técnico também foi investigado por suposta fraude fiscal em 2015. No entanto, foi absolvido dessa acusação, pois o tribunal não conseguiu comprovar que ele havia passado tempo suficiente na Espanha naquele ano para ter obrigação fiscal no país. Após deixar o Real Madrid, ele se mudou para Londres.
O que ele disse sobre o caso?
Desde que as denúncias vieram à tona, Ancelotti tem demonstrado tranquilidade. “Tenho total confiança na Justiça. Não estou preocupado. Mas, se me disserem que fraudei, isso sim vai me chatear”, afirmou.
Como isso afeta sua carreira?
Apesar da repercussão do caso, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não se manifestou oficialmente. Internamente, a avaliação é de que a condenação não compromete a imagem do técnico, especialmente por ele não ter cumprido pena e seguir respaldado pela legislação espanhola.
Ou seja, mesmo com a condenação, Carlo Ancelotti segue normalmente como treinador da Seleção Brasileira. A decisão judicial não deve interferir em seu trabalho à frente do time.