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Publicado em 27/12/2025, às 09h33 Foto: Divulgação Érica Sena
A Copa do Mundo de 2026, que será disputada entre 11 de junho e 19 de julho nos Estados Unidos, México e Canadá, já acende um sinal de alerta antes mesmo de a bola rolar. Especialistas em clima e entidades ligadas ao futebol apontam o risco elevado de calor extremo durante o torneio, com possíveis impactos diretos na saúde de jogadores, árbitros e torcedores.
Um estudo publicado no International Journal of Biometeorology classifica como “séria” a preocupação com os efeitos das altas temperaturas na competição, como citado pelo O Globo.
A pesquisa identifica seis cidades-sede como áreas de alto risco: Monterrey, no México, além de Miami, Kansas City, Boston, Nova York e Filadélfia, nos Estados Unidos. Nessas localidades, a combinação entre calor e umidade pode atingir níveis considerados perigosos para o corpo humano.
O relatório “Terras em Risco”, da organização Football for Future, aponta que essas cidades já registraram, em 2025, temperaturas acima de 35 °C no índice de bulbo úmido (WBGT), que mede o impacto conjunto de calor e umidade. Segundo especialistas, esse patamar representa o limite da adaptação humana ao calor, elevando o risco de exaustão térmica, desidratação e outros problemas graves de saúde.
A experiência recente da Copa do Mundo de Clubes, disputada nos Estados Unidos no verão de 2025, reforçou as preocupações. Jogadores e treinadores criticaram as condições climáticas, levando a Fifa a rever protocolos para 2026.
Entre as ações anunciadas, estão pausas obrigatórias para hidratação aos 22 minutos de cada tempo, independentemente da temperatura, além da priorização de jogos em horários mais amenos. Estádios com ar-condicionado, como os de Dallas, Houston e Atlanta, devem receber partidas durante o dia, enquanto cidades consideradas mais críticas terão jogos preferencialmente no fim da tarde.
Autoridades meteorológicas norte-americanas afirmam que a prevenção será fundamental, sobretudo para torcedores estrangeiros pouco habituados ao clima local. Alertas climáticos serão emitidos em todas as cidades-sede, enquanto Fifa e governos locais terão a palavra final sobre a realização das partidas.
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