Polícia
Publicado em 20/08/2025, às 10h22 Reprodução/ G1 Gabriela Teodoro Cruz
A Polícia Civil de São Paulo investiga a morte de um cavalo que foi mutilado na cidade de Bananal, no interior do estado. O caso foi registrado como abuso a animal com resultado de morte e ganhou repercussão nacional após imagens circularem nas redes sociais.
O episódio ocorreu na tarde de sábado (16). O tutor do animal, um homem de 21 anos, e uma testemunha foram ouvidos pela polícia na segunda-feira (18) e liberados em seguida. Até o momento, ninguém foi preso.
Segundo a Lei nº 9.605/1998, que trata dos crimes ambientais, praticar maus-tratos, ferir ou mutilar animais é crime. A pena inicial prevista é de detenção de três meses a um ano, além do pagamento de multa. Quando a conduta resulta na morte do animal, a pena é aumentada de um sexto a um terço, tornando a sanção mais severa.
De acordo com as apurações, o cavalo morreu por exaustão após ser forçado a cavalgar cerca de 15 km. Ao perceber que o animal estava morto, o tutor teria amputado duas patas e desferido golpes de faca no abdômen do animal, alegando que a ação facilitaria o transporte do corpo em uma área de difícil acesso.
O caso provocou revolta de ativistas e celebridades. A ativista Luísa Mell se manifestou nas redes sociais: “Monstros! Como pode gente? Pelo amor de Deus! Exigimos punição! Estes covardes têm que pagar!” A cantora Ana Castela classificou o ato como covardia e também pediu mobilização popular para que o episódio ganhe repercussão e chegue às autoridades.
A Anamma (Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente) divulgou nota de repúdio à mutilação e morte do animal. A Prefeitura de Bananal também se pronunciou, afirmando que acionou a Delegacia de Polícia e a Polícia Ambiental para apurar rigorosamente o caso e responsabilizar os envolvidos.
A investigação da Polícia Civil segue em andamento. Até o momento, ninguém foi preso. O tutor do cavalo e a testemunha ouvida permanecem sob investigação para esclarecer as circunstâncias do crime.