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Golpe: polícia age após turista pagar R$ 22 mil por uma garrafa de água

Ação na Zona Sul do Rio apreende maquininhas adulteradas e investiga golpes que lesaram turistas com valores fora da realidade  |  Foto: Reprodução/Tânia Rêgo/Agência Brasil

Publicado em 24/06/2025, às 07h00   Foto: Reprodução/Tânia Rêgo/Agência Brasil   Fernanda Montanha

A Delegacia Especial de Atendimento ao Turismo (Deat), com apoio do 23º Batalhão (Leblon), realizou na última quarta-feira (18) uma operação na Zona Sul do Rio de Janeiro para coibir fraudes contra visitantes. A ação mirou indivíduos suspeitos de manipular máquinas de cartão com o objetivo de enganar turistas. Treze pessoas foram detidas na Praia de Ipanema, levadas para a Deat, identificadas e liberadas em seguida. As maquininhas utilizadas nos golpes foram apreendidas.

Os casos que motivaram a ação incluem episódios como o de um ambulante que cobrou R$ 300 por duas espigas de milho em Copacabana e o de vendedores que aplicaram valores absurdos em compras no cartão, como R$ 22 mil por uma água e R$ 20 mil por uma caipirinha. Segundo a delegada Patrícia Alemany, responsável pela Deat, muitos estrangeiros são enganados porque têm dificuldade em reconhecer valores em reais e não recebem alertas imediatos de seus bancos. Ela explica que os golpistas costumam danificar o visor das maquininhas, deixando a tela arranhada ou embaçada, dificultando a conferência do valor pelo cliente.

Além de vendedores de praia, taxistas também estão entre os alvos das investigações. Recentemente, dois motoristas foram flagrados com um dispositivo que acelerava o taxímetro, aumentando artificialmente o preço das corridas. A delegada destacou que há outras apurações em andamento envolvendo esse tipo de prática.

A identificação dos suspeitos foi possível graças ao trabalho de inteligência da polícia, que incluiu o uso de drones e análise de registros feitos por vítimas. Os locais mais visados pelos golpistas são os trechos entre os postos 8 e 9, em Ipanema, e entre a Avenida Princesa Isabel e o Posto 3, em Copacabana, regiões bastante movimentadas por turistas.

Dados do Instituto de Segurança Pública indicam que os golpes contra visitantes cresceram 43% em 2024 em comparação ao ano anterior. Os crimes relacionados ao uso de cartão de crédito aumentaram 169%. Patrícia orienta que, caso o visor da maquininha esteja ilegível, o melhor é pagar em dinheiro e evitar maiores prejuízos.

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