Polícia

Intoxicação por metanol: veja como identificar uma bebida adulterada

As autoridades recomendam que os consumidores verifiquem os rótulos e os lacres de segurança para evitar ingestão de bebidas de origem duvidosa.  |  Reprodução/Unsplash

Publicado em 01/10/2025, às 06h44   Reprodução/Unsplash   Caroline Leal

Três pessoas morreram em São Paulo após consumirem bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, segundo o Centro de Vigilância Sanitária (CVS) do Estado. Outros seis casos foram confirmados e dez ainda estão sob investigação.

O metanol, substância usada como combustível e imprópria para consumo humano, estaria sendo utilizado na falsificação de produtos como gim, uísque e vodka.

O que é dito a respeito?

As autoridades reforçam a orientação para que consumidores comprem apenas bebidas de fabricantes legalizados, observando rótulo, lacre de segurança e selo fiscal.

De acordo com o CVS, é fundamental evitar opções de origem duvidosa, já que a ingestão de metanol pode causar sintomas graves como visão turva, dor de cabeça intensa, náusea, tontura e até perda de consciência.

Como evitar 

A Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) recomenda atenção ao estado da embalagem, à vedação da tampa e ao registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que garante a rastreabilidade do produto.

Outra dica é desconfiar de preços muito baixos em relação ao mercado, especialmente em rótulos importados. Em bares e restaurantes, especialistas indicam que o consumidor peça para a bebida ser servida na sua frente.

Diante do aumento dos casos, o Procon-SP anunciou a intensificação das fiscalizações em conjunto com a Polícia Civil.

Produtos suspeitos poderão ser apreendidos para análise laboratorial, e a entidade orienta que consumidores denunciem irregularidades e procurem atendimento médico imediato em caso de sintomas após o consumo.

Envolvimento com o PCC

A Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) ainda levanta a hipótese de que o Primeiro Comando da Capital (PCC) esteja envolvido na adulteração, a partir de metanol importado ilegalmente para fraudes em combustíveis.

Para especialistas, o episódio reforça a necessidade de retomar o Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe), desativado em 2016, como forma de reduzir a falsificação e aumentar a rastreabilidade no setor.

Classificação Indicativa: Livre


TagsBebidasAdulteradasMetanolCentro de vigilância sanitáriaAssociação brasileira de bebidas

Leia também


Metanol: veja como evitar o consumo de bebidas contaminadas


Metanol em bebidas adulteradas: Veja sintomas da intoxicação em SP