Polícia
Publicado em 30/09/2025, às 10h26 - Atualizado às 10h28 Foto: Freepik Gabriela Teodoro Cruz
O assunto de intoxicação por metanol, tem preocupado a sociedade após uma onda de casos graves em São Paulo.
A crise se intensificou esse mês, com a confirmação de três mortes e pelo menos dez casos sob investigação, incluindo o de uma designer que ficou cega após tomar caipirinhas com vodca adulterada.
A força-tarefa de fiscalização contra a venda de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol em São Paulo levanta uma questão crucial para os consumidores: onde estão os bares que garantem a qualidade e a segurança das bebidas, fiscalizadas por teor seguro de etanol?
Em uma ação recente realizada nesta segunda-feira (29), policiais civis, a Vigilância Sanitária estadual e a Coordenadoria de Vigilância em Saúde da prefeitura de São Paulo vistoriaram três estabelecimentos, nos Jardins, Zona Oeste, e na Mooca, Zona Leste e apreendeeu 117 garrafas sem rótulos.
Um dos locais fiscalizados foi um bar nos Jardins, Zona Oeste, conhecido como Alameda Lorena onde a designer de interiores Radharani Domingos, de 43 anos, consumiu caipirinhas com vodca e, após apresentar sintomas graves, ficou cega.
A vítima relatou ao Fantástico: "Era uma região nobre, não era nenhum boteco de esquina. Bebi três caipirinhas... Causou um estrago bem grande. Não estou enxergando nada."
O estabelecimento foi penalizado, e as garrafas apreendidas serão periciadas, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP). A investigação segue sob a responsabilidade da Divisão de Investigações sobre Infrações contra a Saúde Pública (DPPC).
Os números são alarmantes: o governo de São Paulo confirmou a terceira morte por intoxicação por metanol desde junho deste ano e investiga dez casos suspeitos.
A reincidência desses casos reforça a necessidade de os consumidores buscarem bares de confiança que comprovem a origem de seus produtos, garantindo que as bebidas destiladas contenham apenas etanol (álcool etílico), o único tipo de álcool seguro para o consumo em doses moderadas, e que sejam adquiridas de fornecedores idôneos.
A fiscalização é fundamental, mas a atenção do público é a primeira linha de defesa contra bebidas adulteradas.
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