Política
Publicado em 05/05/2025, às 12h59 Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Isabela Fernandes
O governo dos Estados Unidos negou oficialmente que a visita de David Gamble ao Brasil tenha qualquer ligação com possíveis sanções contra autoridades brasileiras, como chegou a afirmar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Gamble, que é chefe interino de Sanções do Departamento de Estado norte-americano, desembarca em Brasília acompanhado de outros representantes de Washington para tratar de temas ligados à segurança internacional, principalmente terrorismo e narcotráfico.
A informação equivocada foi divulgada por Eduardo Bolsonaro em suas redes sociais. Ele sugeriu que a vinda de Gamble seria uma espécie de resposta americana às decisões do ministro do STF Alexandre de Moraes, o que, segundo especialistas em relações internacionais, seria ilegal e fora dos padrões diplomáticos.
A Casa Branca, por sua vez, desmentiu Eduardo Bolsonaro e afirmou que a viagem de Gamble ao Brasil já estava prevista como parte da agenda oficial de cooperação entre os dois países, sendo articulada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty).
“O Departamento de Estado dos Estados Unidos enviará uma delegação a Brasília, chefiada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções. Ele participará de uma série de reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais e discutirá os programas de sanções dos EUA voltados ao combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas”
Segundo a UOL, o encontro foi organizado diretamente com o governo Lula. A delegação norte-americana vai participar de reuniões com autoridades brasileiras para discutir sanções aplicadas a organizações criminosas, sem qualquer relação com o Judiciário brasileiro ou temas políticos internos.
O Palácio do Planalto, ao saber da declaração feita pelo filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, procurou esclarecimentos junto ao Departamento de Estado norte-americano. Até o momento, a Casa Branca confirmou que a agenda de Gamble não será alterada e seguirá conforme o previsto.
Dessa forma, a tentativa de Eduardo Bolsonaro de vincular a presença de Gamble no Brasil a ações contra Alexandre de Moraes não passou de desinformação, já corrigida pela diplomacia norte-americana.
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