Política

Falas de Boulos e Ediane marcam ato contra a PEC da Blindagem na Av. Paulista

Com discursos de lideranças da esquerda, manifestantes criticam propostas que dificultam responsabilização de parlamentares.  |  Foto: Reprodução/Redes Sociais

Publicado em 21/09/2025, às 16h20   Foto: Reprodução/Redes Sociais   Fernanda Montanha

A Avenida Paulista foi tomada por manifestantes neste domingo em um ato contra a chamada PEC da Blindagem e o projeto de anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro. O protesto, que ocorreu em frente ao Masp, foi convocado por movimentos sociais e contou com discursos de lideranças da esquerda.

Cartazes, bandeiras e palavras de ordem marcaram a manifestação, que também se espalhou por outras capitais do país. O clima era de resistência e cobrança, com críticas à proposta que busca dificultar a responsabilização de parlamentares e ao perdão de envolvidos em crimes contra a democracia.

Vozes nas ruas

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) abriu uma live no Instagram enquanto estava no carro de som. Em sua fala, destacou que a política deve estar a serviço da sociedade:

“Nós estamos aqui hoje para deixar esse recado: quem tem que fazer com que a política sirva os seus interesses é o povo, e não o contrário”.

Boulos ressaltou ainda que o projeto defendido pela esquerda é de um Congresso comprometido com as necessidades da população. Em tom de entusiasmo, afirmou: “A esquerda brasileira retornou o protagonismo nas ruas, tá lindo aqui!”.

Críticas diretas à PEC e ao PL da anistia

A deputada Ediane Maria (PSOL-SP) também discursou e chamou atenção para a dimensão do ato: “Somos mais de 100 mil na Paulista, não à PEC da bandidagem. Não ao PL da anistia que protege bandidos corruptos”.

Ela lembrou a dificuldade de trabalhadores alcançarem espaços de poder e reforçou que essa luta não pode recuar. Segundo a parlamentar, “vamos varrer esses políticos corruptos”, deixando claro o posicionamento contra medidas que enfraquecem a democracia.

Contexto da mobilização

A PEC da Blindagem, já aprovada na Câmara e em análise no Senado, pretende restringir a abertura de processos criminais contra deputados e senadores no STF. Críticos afirmam que a medida abriria caminho para maior impunidade no Legislativo.

O projeto de anistia aos envolvidos no 8 de janeiro também ganhou prioridade de tramitação no Congresso. Para os participantes do ato, essa proposta envia uma mensagem perigosa de tolerância a crimes que atentaram contra as instituições.

Entre bandeiras e gritos de ordem, o recado foi unificado: nem blindagem para políticos, nem perdão para golpistas.

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