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Governo de SP declara escassez hídrica: entenda os impactos no uso da água

A falta de chuvas pode agravar a crise hídrica, comprometendo o abastecimento e afetando a economia e a vida dos moradores.  |  Foto: Reprodução/Freepik

Publicado em 25/09/2025, às 06h30   Foto: Reprodução/Freepik   Fernanda Montanha

A SP Águas interrompeu a concessão de novas outorgas de água em São Paulo após a constatação de níveis críticos nas bacias do Alto Tietê e do Piracicaba. A medida busca preservar os mananciais, que operam abaixo de 30% da capacidade, e evitar o agravamento da escassez.

O Alto Tietê, que abastece a região metropolitana, está com 25,7% do volume útil. Já a porção paulista da Bacia do Piracicaba, ligada ao Sistema Cantareira, funciona com 29,4%. Esses índices colocam os sistemas em estágio de alerta, exigindo restrições imediatas.

Impactos na população e no setor produtivo

Embora não haja, neste primeiro momento, corte nas outorgas já existentes, a decisão deve impactar indústrias, agricultura e novos empreendimentos que dependem de autorização para captação.

Empresas que planejavam expandir sua produção terão de rever cronogramas, e o setor agropecuário pode enfrentar limitações no uso da água para irrigação, segundo a CNN.

A população urbana também pode sentir efeitos indiretos, caso os níveis continuem caindo.O risco de medidas mais severas, como racionamento ou redução de pressão nas torneiras, não está descartado se o cenário não melhorar com as chuvas.

Medida preventiva, mas com custos

De acordo com a SP Águas, a suspensão segue o Protocolo de Escassez Hídrica, que prevê diferentes graus de restrição conforme o nível dos reservatórios.

Quando os índices ficam entre 30% e 20%, além de bloquear novas outorgas, há possibilidade de reduzir temporariamente as já concedidas.

Para especialistas, embora necessária, a decisão revela a fragilidade do sistema. Setores econômicos que dependem fortemente de água devem sentir os reflexos a curto prazo, principalmente em regiões com maior pressão de demanda.

O que vem pela frente

A agência informou que vai reforçar a fiscalização contra usos irregulares e realizar reuniões com comitês de bacias para ajustar estratégias. Entre as medidas em análise estão ações de educação ambiental, incentivo à redução de consumo e avaliação de alternativas emergenciais.

Enquanto a suspensão pode evitar um colapso imediato, ela também expõe a dependência do estado em relação às chuvas. Caso o período úmido atrase ou seja insuficiente, o abastecimento poderá ser comprometido, trazendo impactos ainda mais severos para a economia e para a vida dos moradores.

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