Política

Moraes determina a retirada de acampamento em frente ao STF — entenda

Entre os presentes no protesto, o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) acampava sozinho em um "protesto do silêncio", com um esparadrapo na boca.  |  O ministro também proibiu a instalação de novos acampamentos num raio de 1 km da Praça dos Três Poderes. - Foto: Reprodução X/ @midialibre

Publicado em 26/07/2025, às 10h06   O ministro também proibiu a instalação de novos acampamentos num raio de 1 km da Praça dos Três Poderes. - Foto: Reprodução X/ @midialibre   Camila Lutfi

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a saída de deputados do Partido Liberal que acampavam na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Os parlamentares protestavam contra as restrições ao ex-presidenteJair Bolsonaro (PL). Eles deixaram o local na noite na última sexta-feira (25). 

Entre os presentes no protesto, o deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ) acampava sozinho em um "protesto do silêncio", com um esparadrapo na boca. Outros dois aliados aderiram ao ato pouco depois. 

Na decisão de Moraes, assinada na noite de ontem, Moraes cita nominalmente Hélio Lopes, além de outros deputados federais do PL, como Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e Rodrigo da Zaeli (PL-MT). O texto pedia para que eles fossem retirados do local pela Polícia Militar do Distrito Federal e autorizava a prisão dos parlamentares caso se recusassemm a deixar o local. 

O ministro também proibiu a instalação de novos acampamentos num raio de 1 km da Praça, da Esplanada dos Ministérios e de quartéis das Forças Armadas.

Motivação dos protestos

O ato de aliados a Bolsonaro ocorre após a exigência de uso de tornozeleira eletrônica

Vale lembrar que o ex-presidente é investigado por ajudar a coordenar os planos de tentativa de golpe de Estado, com um dos efeitos sendo a invasão e depredação do Congresso Nacional no dia 8 de janeiro de 2023.

Além disso, recentemente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estabeleceu tarifaço de 50% sobre importações brasileiras. Em carta endereçada ao presidente Lula, o republicano menciona que uma suposta "caça às bruxas" contra Bolsonaro precisa terminar, e que os EUA investigaria outros contratos comerciais com o Brasil.

Com a tornozeleira, o ex-presidente também está proibido de utilizar redes sociais e de manter contato com seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se encontra atualmente nos EUA.

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