Política
Publicado em 12/05/2025, às 12h36 Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil Redação
Vinicius de Carvalho, chefe da Controladoria Geral da União (GCU), e o ex-titular da Previdência, Carlos Lupi (PDT), foram apontados como os principais responsáveis pelo escândalo de corrupção no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Os nomes foram indicados pelos Ministros do Palácio. A informação foi revelada pela coluna Igor Gadelha, do Metrópole. Segundo a coluna, Vinicius de Carvalho deveria ter comunicado as suspeitas de frases ao núcleo duro do governo federal.
A atitude do chefe da CGU em notificar apenas ao INSS foi desaprovada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).
“O papel da Polícia Federal é apurar o crime. O da Controladoria é impedir o crime. São naturezas diferentes. A Controladoria Geral tem o papel de evitar o problema, apontar falhas de procedimentos”, disse o petista.
Sobre Carlos Lupi, ministros de Lula avaliam que o pedetista não teve “competência” para gerir a crise e reprovaram a defesa pública feita pelo ex-titular da Previdência sobre ex-chefe do INSS Alessandro Stedanutto.
A investigação revelou que entidades sindicais cadastravam aposentados como filiados sem autorização e, com isso, realizavam descontos mensais dos seus benefícios. O golpe pode ter atingido mais de 4 milhões de pessoas e causado prejuízos que chegam a R$ 6,3 bilhões, entre os anos de 2019 e 2024.
De acordo com a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União, os responsáveis pelas fraudes ofereciam propina a servidores do INSS em troca de acesso ilegal aos dados dos aposentados.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu rapidez na devolução dos valores aos prejudicados. A expectativa é que o pagamento comece logo após a finalização do processo.
Em meio à crise, o então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão na sexta-feira (2) após ser acusado de não ter tomado providências mesmo tendo recebido alertas sobre o problema desde meados de 2023.
O ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, também foi afastado do cargo e é alvo de investigação da Polícia Federal.
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