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Tsunami pode atingir o Brasil? Veja as regiões mais vulneráveis

Um terremoto de magnitude 8,8 atinge Kamchatka, Rússia, e Japão emite alerta de tsunami com ondas de até três metros.  |  Foto: Reprodução/Reuters

Publicado em 30/07/2025, às 10h22   Foto: Reprodução/Reuters   Fernanda Montanha

Um terremoto de magnitude 8,8 atingiu nesta terça-feira (29) a península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia. De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, esse é um dos tremores mais fortes já registrados no planeta, sendo o maior desde 2011.

Como consequência, o Japão emitiu alerta de tsunami, prevendo ondas de até três metros. Moradores de áreas litorâneas, da ilha de Hokkaido ao norte até a prefeitura de Wakayama ao sul, receberam ordens para evacuar imediatamente.

Por que tsunamis acontecem?

Segundo o sismólogo Diogo Coelho, do Observatório Nacional ao Terra, tsunamis geralmente são provocados por movimentos verticais no fundo do oceano após terremotos de grande magnitude. Esse deslocamento gera ondas que se espalham em alta velocidade e aumentam de tamanho ao se aproximarem da costa.

Embora terremotos sejam a causa mais comum, erupções vulcânicas e deslizamentos submarinos também podem desencadear o fenômeno. A maioria dos casos ocorre em zonas de subducção, onde placas tectônicas colidem.

As regiões mais vulneráveis do planeta

O Oceano Pacífico é a área com maior risco sísmico do mundo, especialmente no chamado Anel de Fogo, que engloba Japão, Indonésia, Filipinas e arquipélagos do Pacífico como Vanuatu.

Outra área crítica é a costa oeste da América do Sul, do Chile ao Peru, onde a interação entre a placa de Nazca e a placa Sul-Americana torna frequentes os terremotos e tsunamis.

Em 2011, o Japão viveu uma tragédia histórica: um sismo de magnitude 9 gerou ondas de 38 metros, causando 16 mil mortes e prejuízos bilionários.

E o Brasil corre algum risco?

Segundo Diogo, o Atlântico Sul é pouco propenso a tsunamis, pois não possui grandes zonas de subducção. O único registro histórico remonta a 1755, quando o terremoto de Lisboa gerou ondas que chegaram suavizadas ao litoral brasileiro.

O risco no Brasil é mínimo, mas nunca zero, lembrando que deslizamentos submarinos podem gerar pequenas ondas em situações raras.

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