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A esteatose hepática, conhecida popularmente como gordura no fígado, acontece quando há acúmulo excessivo de gordura no órgão.
Embora seja silenciosa em muitos casos, pode evoluir para quadros graves, como cirrose e até câncer hepático.
O Ministério da Saúde estima que 30% dos brasileiros convivem com o problema, geralmente associado à obesidade, diabetes, colesterol elevado e consumo de álcool.
Na maioria das vezes, a doença não apresenta sinais claros. Quando surgem, podem incluir dor abdominal, fadiga, inchaço e perda de apetite.
Em estágios avançados, aparecem sintomas mais graves, como icterícia, hemorragias e cirrose.
Para o médico Marcos Pontes, da Clínica Evoluccy, o grande desafio é o diagnóstico precoce: “Cerca de 70% das pessoas não sabem que têm gordura no fígado”, disse em entrevista ao Metrópoles.
A esteatose é dividida em três graus: leve (pequeno acúmulo), moderado (nível intermediário) e grave (grande acúmulo).
A boa notícia é que, em muitos casos, é possível reverter o quadro apenas com mudanças no estilo de vida.
De acordo com a endocrinologista Marília Bortolotto, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), não existe um medicamento específico para tratar a esteatose. O caminho mais eficaz é investir em cinco hábitos principais:
1. Hidratação adequada – beber água regularmente favorece o funcionamento do fígado e de todo o organismo.
2. Controle do peso – reduzir ao menos 7% do excesso de peso já traz benefícios significativos.
3. Alimentação equilibrada – priorizar frutas, verduras e gorduras boas, como azeite, ômega 3 e frutas vermelhas.
4. Prática de atividade física – exercícios aeróbicos e de resistência melhoram a sensibilidade à insulina.
5. Evitar o álcool – principal fator de risco para o agravamento da gordura no fígado.
Segundo Marília, o consumo moderado de café também pode ajudar: “Até duas xícaras por dia oferecem proteção contra fibrose e câncer de fígado a longo prazo”, afirmou ao Metrópoles.
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