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Aos 82 anos, Milton Nascimento, um dos maiores ícones da música brasileira, recebeu o diagnóstico de demência por corpos de Lewy (DCL). A informação foi divulgada nesta quinta-feira (2) pela Revista Piauí.
Procurado pela CNN, Augusto Nascimento, filho do cantor, pediu compreensão e respeito neste momento. Ele ressaltou que esse será o “único comunicado à imprensa sobre o caso”.
De acordo com a publicação, os indícios começaram após o desfile da escola de samba Portela, que homenageou Milton na Sapucaí, e o lançamento do documentário “Milton Bituca Nascimento”. Augusto notou o pai mais esquecido, com pouco apetite e o olhar muitas vezes fixo em um único ponto.
O músico também passou a repetir histórias em questão de minutos algo incomum para quem sempre foi conhecido por relatar longos episódios de sua trajetória.
Em abril, uma série de exames foi realizada para avaliar memória, atenção, linguagem e raciocínio. O médico Weverton Siqueira afirmou ter ficado preocupado com o quadro de declínio cognitivo e solicitou novas análises.
No mês seguinte, Augusto decidiu levar o pai em uma viagem de motorhome pelos Estados Unidos. Poucas semanas após o retorno, veio a confirmação: além do Parkinson, diagnosticado em 2023, Milton agora enfrenta também a demência por corpos de Lewy.
A demência por corpos de Lewy (DCL) é um distúrbio neurodegenerativo progressivo que causa declínio cognitivo, problemas de movimento semelhantes ao Parkinson (parkinsonismo), alterações de comportamento e sono.
Segundo o National Institute on Aging (EUA), a doença é causada por depósitos anormais de uma proteína chamada alfa-sinucleína no cérebro, que afeta substâncias químicas responsáveis por funções como pensamento, humor, comportamento, movimento e memória.
Embora não tenha cura, existem medicamentos e terapias multidisciplinares podem ajudar a controlar os sintomas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes, segundo a Cleveland Clinic e a NeuronUP.
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