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A chegada de novembro anuncia que a época natalina está próxima e, com ela, o momento de montar a árvore de Natal. Apesar de hoje ser peça central na decoração, poucos conhecem sua origem, seu significado e como essa tradição viajou por continentes até se tornar universal.
Segundo informações da Casa Vogue, os primeiros registros da árvore decorada aparecem nas antigas civilizações escandinavas, que celebravam o solstício de inverno enfeitando árvores como símbolo de vida, força e renovação. Com o tempo, esse costume se espalhou pelas regiões que hoje correspondem à Alemanha, onde o carvalho sagrado, conhecido como Yggdrasil, era utilizado venerado em rituais.
No século VIII, a tradição ganhou novas formas com a chegada do missionário São Bonifácio. Ao encontrar práticas pagãs ligadas ao Yggdrasil, ele teria derrubado o carvalho e consagrado o pinheiro como símbolo da vida eterna. Séculos mais tarde, Martinho Lutero adicionou velas ao pinheiro, gesto que originaria as luzes natalinas que iluminam lares até hoje.
Da Alemanha, a árvore viajou para a Inglaterra e, com as colônias britânicas, chegou às Américas. Nos Estados Unidos, entre os séculos XIX e XX, a figura de São Nicolau se associou à celebração, fortalecendo o imaginário atual do Natal, desde o pinheiro iluminado até o ritual dos presentes deixados por Papai Noel.
Ao longo dos séculos, o cristianismo reinterpretou o pinheiro dentro de seu próprio simbolismo. Para muitos, a árvore representa o Paraíso, como um lembrete da criação e da reconciliação divina. Seu formato triangular também passou a ser associado à Santíssima Trindade.
Já os principais elementos decorativos ganharam significados específicos: as luzes simbolizam a presença de Cristo, enquanto a estrela no topo representa a fé que guia os cristãos.
Mais do que uma decoração, a árvore de Natal continua sendo um elo entre culturas, crenças e gerações, um símbolo que mantém viva a magia de dezembro.
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