Entretenimento
por Marcela Guimarães
Publicado em 02/07/2025, às 16h51
Recentemente, uma banda chamada The Velvet Sundown alcançou a marca de 500 mil ouvintes mensais no Spotify, virando um fenômeno das plataformas de streaming, mas um detalhe chamou a atenção do público.
Há indícios de que a banda não exista de verdade e que tudo tenha sido gerado por inteligência artificial (IA).
De acordo com uma reportagem da Folha de São Paulo, esse caso não é o único. A criação digital de bandas e artistas fictícios tem se tornado algo comum como uma estratégia para “melhorar” os algoritmos das plataformas de música.
Nesse contexto, nomes, rostos e até discografias inteiras são criados com uma ajudinha da IA.
A banda seria formada por Gabe Farrow (vocalista), Lennie West (guitarra), Milo Rains (baixo) e Orion “Rio” Del Mar (percussão). O grupo afirma misturar “psicodelia dos anos 1970 com alt-pop cinematográfico e soul etéreo”.
Apesar de existir uma história por trás da banda, não é possível encontrar vídeos de apresentações, entrevistas ou registros públicos dos integrantes. Redes sociais? Nem pensar.
As fotos promocionais e capas dos álbuns também trazem um visual bem parecido com o de imagens geradas por IA, o que alimenta ainda mais a teoria.
O mistério aumentou quando o Deezer passou a exibir um aviso no catálogo da banda, informando que “algumas faixas do álbum podem ter sido criadas usando inteligência artificial”. Por outro lado, eles possuem o selo de artista verificado no Spotify.
Especialistas afirmam que projetos como o The Velvet Sundown podem ser parte de um modelo de negócio baseado em dados, onde músicas são criadas a partir de trechos compostos ou gravados por artistas reais, com o objetivo de dominar playlists populares e gerar receita por reprodução.
O grupo lançou dois álbuns em 2025 e promete um terceiro, o “Paper Sun Rebellion”, para o dia 14 de julho. Até o momento, a “banda” não comentou sobre as suspeitas envolvendo sua origem.
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