Entretenimento
por Marcela Guimarães
Publicado em 14/09/2025, às 06h00
O Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque Ibirapuera, vem recebendo desde o dia 6 de setembro de 2025 a 36ª Bienal de São Paulo.
Pela primeira vez, a exposição se estende por quatro meses, indo até 11 de janeiro de 2026. Nas edições anteriores, o encerramento ocorria em dezembro. A entrada continua gratuita.
Inspirada no poema “Da calma e do silêncio”, de Conceição Evaristo, a edição intitulada “Nem todo viandante anda estradas – Da humanidade como prática” discute temas que envolvem natureza, escuta e experiências humanas.
A curadoria é assinada pelo camaronês Bonaventure Soh Bejeng Ndikung e reúne trabalhos de artistas de diferentes partes do mundo em debates, performances e encontros.
A Bienal convida o público a refletir sobre memória, comunidade, colonização, transformações urbanas e cosmologias indígenas, africanas e asiáticas. Algumas obras se transformam ao longo do período expositivo e outros trabalhos são criados com materiais reaproveitados.
Entre os destaques está “Aparições”, projeto em parceria com a plataforma WAVA que usa realidade aumentada para exibir digitalmente obras brasileiras em pontos específicos ao redor do mundo. No Brasil, visitantes podem interagir com essas criações através do aplicativo da iniciativa.
Outro é “Invocações”, série de encontros que mistura poesia, música, performances e debates a partir das ideias da exposição central “Conjugações”.
Antes de chegar em São Paulo, a atração passou por cidades como Marrakech (Marrocos), Guadalupe (México), Zanzibar (Tanzânia) e Tóquio (Japão).
No total, 120 artistas apresentam suas obras no Pavilhão da Bienal, enquanto outros cinco ocupam a Casa do Povo, dentro do programa “Afluentes”, que inclui mostras de cinema com curadoria de Benjamin Seroussi e Daniel Blanga Gubbay.
Os trabalhos abrangem linguagens variadas (vídeo, performance, pintura, instalação, escultura, som, escrita, além de experimentações coletivas e musicais). A programação completa está disponível no site oficial da Bienal.
Classificação Indicativa: Livre