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Chance de La Niña voltar aumenta: entenda os riscos para o clima

Foram observadas temperaturas abaixo da média entre 25 e 200 metros. - Foto: Unsplash
O La Niña é um fenômeno climático-oceânico é caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do oceano Pacífico.  |   BNews SP - Divulgação Foram observadas temperaturas abaixo da média entre 25 e 200 metros. - Foto: Unsplash
Camila Lutfi

por Camila Lutfi

Publicado em 26/08/2025, às 11h48



O relatório mais recente da Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês) indica que as chances de formação do La Niña aumentaram para 56% — estágio de alerta — durante agosto e outubro no Hemisfério Sul.

Esse fenômeno climático-oceânico é caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do oceano Pacífico. Seus efeitos podem causar mudanças na temperatura e distribuição das chuvas em diversas regiões.

De acordo com a NOAA, foram observadas temperaturas abaixo da média entre 25 e 200 metros, além de anomalias de vento, o que podem indicar características típicas desse evento.

Vale lembrar que o La Niña tinha terminado em dezembro de 2024.

Inverno com "quase" La Niña

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Foto: Climatempo

Vale lembrar que as baixas temperaturas no inverno deste ano para o Brasil já indicavam sinais de influência de uma “quase” La Niña, como mostrado pela CNN.

O fenômeno favorece a entrada de massas de ar polar, principais responsáveis por episódios de frio intenso no sul do país.

Segundo previsão do Climatempo, publicada em maio deste ano, cresce gradualmente a possibilidade de La Niña no fim do ano, especialmente entre novembro de 2025 e janeiro de 2026, quando a probabilidade desse fenômeno atinge 41%, enquanto a de neutralidade fica em 46%.

Ao mesmo tempo, a chance de um novo El Niño surgir é considerada muito baixa: inferior a 15%.

Quais seriam os efeitos do La Niña?

Caso o La Niña realmente se estabeleça conforme as previsões, a região Sul do Brasil deve registrar chuvas irregulares, prejudicando a agricultura e o abastecimento hídrico.

Na região Sudeste, cresceriam as possibilidades de ondas de frio e temperaturas abaixo da média. Por fim, na região Norte, seriam esperadas chuvas acima da média, com risco de elevação do nível de rios.

La Niña vs El Niño

La Niña é o resfriamento anormal das águas do oceano Pacífico. Ele tem origem na região do Pacífico Equatorial, na zona intertropical do planeta, e provoca alterações sazonais na circulação geral da atmosfera, podendo durar de nove a 12 meses.

O fenômeno de resfriamento acontece entre períodos de dois a sete anos.

Por sua vez, o El Niño é o efeito contrário, de aquecimento anormal das águas do Pacífico. Suas alterações causam menor umidade e maior calor por diversas regiões do planeta.

Esse fenômeno pode provocar secas no sudeste do continente asiático e na Oceania, diminuem a atividade pesqueira no Pacífico, e ainda causam estiagens no Norte e Nordeste do Brasil.

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