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O cometa 3I/ATLAS acaba de entrar para a história da astronomia. Pela primeira vez, pesquisadores detectaram a emissão de raios X em um objeto interestelar, algo até então observado apenas em cometas nativos do Sistema Solar. A descoberta foi realizada pela missão XRISM, telescópio de raios X operado em parceria pela Agência Espacial Europeia (ESA) e pela agência espacial japonesa (JAXA), após o objeto se afastar o suficiente do brilho solar para permitir observações detalhadas.
O fenômeno, embora raro em visitantes interestelares, não é inesperado para cometas comuns. A emissão de raios X ocorre quando partículas do vento solar, altamente energizadas, colidem com a coma, a nuvem gasosa que se forma ao redor do núcleo à medida que o objeto se aproxima do Sol, as informações são do Olhar Digital.
As observações do XRISM foram feitas entre os dias 26 e 28 de novembro, totalizando cerca de 17 horas de monitoramento. Os dados revelaram um halo tênue, porém consistente, com cerca de 400 mil quilômetros de extensão em torno do 3I/ATLAS. Para os pesquisadores, é altamente improvável que o brilho registrado seja ruído do equipamento.
O 3I/ATLAS já era alvo de atenção por ser maior, mais rápido e mais ativo do que seus predecessores interestelares: o asteroide 1I/‘Oumuamua (2017) e o cometa 2I/Borisov (2019). Agora, ganha mais um marco único.
Desde sua descoberta, em 1º de julho, o cometa esteve muito próximo do Sol no céu, dificultando qualquer tentativa de registro em raios X. Com a mudança de posição, outros observatórios finalmente podem acompanhá-lo. A tendência é que novos dados surjam nas próximas semanas.
O ponto de maior proximidade com a Terra está previsto para 19 de dezembro, quando o cometa ficará a aproximadamente 270 milhões de quilômetros do planeta, distância segura, mas ideal para estudos mais detalhados.
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