Entretenimento
por Camila Lutfi
Publicado em 13/05/2025, às 10h34
Conhecida popularmente como "Porta do Inferno", essa cratera no meio do deserto de Karakum, no Turcomenistão, segue em chamas há mais de 50 anos.
Com cerca de 70 metros de diâmetro e 30 metros de profundidade, a Cratera de Gás de Darvaza surgiu no início da década de 1970 após uma perfuração em busca de gás natural.
Durante a ação feita por agentes soviéticos, um colapso no solo engoliu a plataforma de perfuração e revelou uma caverna subterrânea rica em metano - poderoso gás do efeito estufa. Para conter o vazamento de gases tóxicos para a atmosfera, os cientistas atearam fogo no local, acreditando que o gás queimaria em poucos dias.
No entanto, mais de 50 anos depois, as chamas continuam ativas, pois o metano ainda escapa do subsolo. Vale lembrar, ainda, que o resultado da queima gera mais substâncias tóxicas para o ar, como mais gás carbônico.
Apesar do fogo constante no meio do deserto, a intensidade das chamas parece ter diminuído nos últimos anos. Isso pode indicar o esgotamento gradual do reservatório de gás metano.
A atração acabou se tornando o principal ponto turístico do país, oficialmente nomeado como "O Brilho de Karakum" em 2018. É possível sentir o calor mesmo a vários metros de distância da borda, mas a visão impressionante vira um maior espetáculo ao escurecer.
Foram duas tentativas até hoje para extinguir a "porta do inferno". A primeira, em 2010, pelo presidente Gurbanguly Berdimuhamedow, e a segunda, em 2022, pelo mesmo presidente.
Berdimuhamedow alega riscos à saúde das comunidades próximas e perdas econômicas por conta do desperdício de gás. Ele chegou a procurar especialistas para acabar com a cratera de fogo eterno, mas nenhuma ação foi realizada até o momento.
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