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Diário de Eloá revela sentimentos da jovem antes do crime; veja que o documentário da Netflix expõe

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Produção “Caso Eloá: Refém ao Vivo” resgata registros pessoais e bastidores de um dos episódios de cárcere privado mais traumáticos do Brasil  |   BNews SP - Divulgação Foto: divulgação/Netflix
Ana Caroline Alves

por Ana Caroline Alves

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Publicado em 21/11/2025, às 14h54



A Netflix lançou Caso Eloá: Refém ao Vivo, documentário que revisita um dos crimes mais impactantes da história recente do país. Pela primeira vez, o público tem acesso a trechos inéditos do diário de Eloá Cristina Pimentel, adolescente de 15 anos assassinada em 2008 pelo ex-namorado, Lindemberg Alves, após mais de cem horas de cárcere privado em Santo André (SP).

A obra apresenta não apenas a cronologia do caso, mas também a intimidade de Eloá antes da tragédia. O diário, guardado pela família por anos, surge para ajudar o público a compreender o universo da jovem. 

Nas páginas escritas à mão, aparecem registros típicos de uma adolescente: preocupações escolares, planos simples, amizades e sonhos de futuro. Porém, entre linhas românticas, começam a surgir indícios de insegurança e sinais do relacionamento conturbado que ela vivia.

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Foto: Reprodução

O que Eloá escrevia

O documentário revela que, para Eloá, o namoro com Lindemberg era visto de maneira profundamente idealizada. Em diversos trechos, ela descreve o ex-namorado como alguém destinado a estar ao seu lado. Em uma das anotações, ela escreve: “O dia que o Lindemberg pediu pra namorar comigo. O dia que ele falou que eu sou a mulher da vida dele e que ele quer casar comigo.”

Outro trecho expõe o nível de envolvimento emocional da adolescente: “Eu o amo como eu nunca pensei que eu fosse amar alguém na vida.”

Segundo a CNN, apesar da visão romântica registrada no diário, depoimentos de familiares e especialistas entrevistados no documentário apontam que o relacionamento tinha sinais claros de controle, ciúme e problemas emocionais, características que não apareciam nas páginas de Eloá, mas eram percebidos por quem convivia com ela.

A adolescência interrompida

Nos minutos finais, a produção apresenta as metas que Eloá havia listado para 2008, ano em que sua vida foi interrompida. A simplicidade dos planos mostra com clareza sua juventude e suas expectativas para o futuro: ir à praia, ingressar no programa Guardinha, conseguir um emprego e, por fim, noivar com “Liso” apelido que usava para se referir a Lindemberg.

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