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Foto: Reprodução/Freepik
Comprar um carro é apenas o primeiro passo. O verdadeiro desafio começa na hora de mantê-lo em boas condições. Assim como qualquer máquina complexa, o veículo exige revisões regulares, substituição de peças e, em alguns casos, reparos que podem custar caro.
Embora a maioria dos motoristas se limite às revisões periódicas a cada 10 mil quilômetros, alguns modelos apresentam fragilidades específicas que surpreendem até os mais experientes. São defeitos aparentemente simples, mas cujo conserto requer tempo, mão de obra especializada e, principalmente, muito dinheiro, segundo o Uol.
O luxuoso Land Rover Discovery 4 é um exemplo clássico de veículo bonito e potente, mas de manutenção extremamente trabalhosa. O motor robusto ocupa praticamente todo o cofre, o que torna a troca da correia dentada e de outros componentes uma tarefa quase impossível sem separar o chassi da carroceria.
Na prática, o carro precisa ser “descabinado”, como ocorre em caminhões. Além disso, a cada remontagem, é necessário reprogramar todas as centrais eletrônicas, exigindo softwares avançados e oficinas altamente especializadas.
Outro caso que tem gerado dor de cabeça é o do Fiat Fastback, cujas câmeras de ré se tornaram alvo de furtos. A peça, que pode ser retirada em segundos, custa cerca de R$ 2.000 para reposição. Em algumas situações, a fibra óptica que liga a câmera à central multimídia é danificada, aumentando ainda mais o prejuízo.
O problema não para por aí: veículos equipados com sistemas ADAS, que utilizam câmeras acopladas ao para-brisa, exigem calibragem especial do piloto automático após substituições. O serviço pode custar até R$ 500, além do próprio vidro, que ultrapassa R$ 3.000.
Nos veículos elétricos, o item mais caro é justamente o mais vulnerável: a bateria de alta tensão. Localizada na base do carro, ela pode ser danificada por impactos com pedras, buracos ou quebra-molas. Mesmo com proteção reforçada, acidentes assim são mais comuns do que se imagina.
Quando o seguro não cobre o dano, o custo de substituição ultrapassa R$ 200 mil, o que transforma o conserto em caso de perda total. Um pequeno impacto pode significar o fim do veículo.
Modelos de luxo usados, como Porsche, BMW e Land Rover, caem de preço com o tempo, mas escondem uma armadilha. Um Porsche Cayenne 2015 pode custar o mesmo que um Jeep Compass, porém sua manutenção continua no patamar dos supercarros.
Esses “restos de ricos” exigem peças caras e mão de obra altamente qualificada. Muitos proprietários acabam negligenciando as revisões por causa dos custos, o que leva a falhas graves em motor e transmissão. Em diversos casos, o conserto sai tão caro que a solução é declarar perda total e usar o carro como doador de peças.
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