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Publicado em 11/06/2025, às 07h42 Bianca Felix
A presença de estações de vinagre nas praias da Austrália é uma estratégia comum de primeiros socorros para casos de queimaduras causadas por águas-vivas, como as perigosas vespas-do-mar (Chironex fleckeri), irukandjis (Carukia barnesi) e caravelas-portuguesas (Physalia physalis). Essas criaturas marinhas, altamente venenosas, moram no litoral do país e representam riscos grandes à saúde.
O vinagre é usado para neutralizar os nematocistos, cápsulas urticantes presentes nos tentáculos desses animais, evitando que eles consigam liberar mais veneno. A bióloga Lisa-ann Gershwin explica que o líquido oferece a melhor chance de sobrevivência em picadas de vespa-do-mar. A recomendação é aplicar vinagre por pelo menos 30 segundos na área afetada.
Embora sua eficácia não seja comprovada em casos de irukandjis, o vinagre não agrava a situação e, por isso, ainda é indicado pelo serviço nacional de saúde australiano.
Entretanto, a substância não deve ser usada contra queimaduras de caravelas-portuguesas, pois pode intensificar a dor ao estimular a liberação dos nematocistos. Nesses casos, a orientação é lavar com água salgada e depois mergulhar a região em água morna por 20 minutos.
Mitos populares, como usar urina ou água doce para aliviar as queimaduras, são desaconselhados. Esses líquidos podem desencadear a descarga de toxinas, piorando o quadro. A urina pode ser responsável por variar em pH e, se alcalina, causar reações ainda mais dolorosas.
Segundo o portal Drauzio Varella, o procedimento correto inclui sair do mar, lavar com água salgada, remover os tentáculos cuidadosamente, reaplicar água do mar ou soro fisiológico, usar vinagre se for indicado e procurar atendimento médico imediato.
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