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O clássico “Flores de Aço”, que será exibido na Sessão da Tarde, tem uma história real emocionante por trás das câmeras. O filme, que conquistou o público com a força e a sensibilidade de suas personagens femininas, nasceu de uma dor pessoal transformada em arte.
O roteiro é inspirado em fatos vividos pelo dramaturgo Robert Harling, que escreveu a peça original após perder a irmã, Susan, vítima de complicações do diabetes tipo 1, segundo o portal Country Living.
Harling, natural de Natchitoches, na Louisiana, trocou a carreira em Direito por uma vida dedicada ao teatro em Nova York. Foi lá que recebeu a notícia da morte da irmã, que havia ignorado recomendações médicas para realizar o sonho de ser mãe.
Após o nascimento do filho, em 1983, Susan sofreu falência renal e circulatória, e nem a diálise nem o transplante de rim feito pela mãe conseguiram salvá-la.
Com medo de que o sobrinho crescesse sem conhecer a mãe, Harling decidiu eternizar sua história. O texto começou como um conto, mas logo se transformou em uma peça teatral que, sem ele imaginar, ganharia os palcos do mundo.
O autor acreditava que sua obra jamais seria encenada. “Pensei que alguém a encontraria em uma gaveta quando eu morresse”, relembrou. No entanto, o público se encantou com o equilíbrio entre drama e humor presente nas conversas das personagens. “Achamos que era uma tragédia, mas o público mostrou que também era uma comédia — até deixar de ser”, conta Harling.
As personagens femininas foram inspiradas em amigas de sua mãe, conhecidas por suas falas afiadas e generosidade. Ele temia que a mulher que inspirou a rabugenta Ouiser se sentisse ofendida, mas, surpreendentemente, todas as moradoras locais afirmaram se identificar com ela.
O nome “Flores de Aço” simboliza a combinação de fragilidade e força das mulheres retratadas. “Minha mãe dizia que as magnólias parecem delicadas, mas são muito resistentes”, lembrou o autor. Essa metáfora virou o coração da obra.
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