Entretenimento
Criminosos têm usado o sucesso de animes populares como Demon Slayer, Naruto e Attack on Titan para aplicar golpes digitais e roubar dados pessoais de fãs. A estratégia inclui a divulgação de links falsos e arquivos maliciosos que prometem acesso a episódios inéditos ou conteúdos “vazados”.
Segundo um levantamento da empresa de cibersegurança Kaspersky, entre abril de 2024 e março de 2025, foram identificadas mais de 250 mil tentativas de golpe relacionadas a animes apenas no Brasil.,Os criminosos utilizam expressões como “acesso premium”, “cenas exclusivas” e “episódios gratuitos” para atrair vítimas principalmente jovens da Geração Z, público mais ativo em plataformas de streaming.
No topo da lista está Naruto, com 114 mil ataques registrados, seguido por Demon Slayer, com 44 mil, e Attack on Titan, com 39 mil. O aumento dos casos coincidiu com o lançamento de novos filmes e temporadas das franquias, o que ampliou a busca por conteúdos online.
Os ataques costumam ser simples e eficazes. Golpistas espalham links falsos por redes sociais, e-mails e grupos de fãs, prometendo acesso gratuito a episódios antes da estreia.
Ao clicar no link, o usuário é redirecionado para um site que imita uma plataforma legítima. Lá, o suposto vídeo exige o download de um arquivo que, na verdade, instala malwares capazes de roubar senhas, fotos e dados bancários.
Outro método é o phishing, em que o criminoso cria páginas idênticas às de serviços como Netflix ou Crunchyroll. Nessas páginas falsas, o fã é induzido a inserir login e senha, entregando seus dados diretamente aos golpistas.
Além dos animes, as grandes plataformas de streaming também são usadas em golpes. O relatório aponta que Netflix, Amazon Prime Video, Disney+, Apple TV+ e HBO Max foram citadas em 96 mil tentativas de ataque no mesmo período.
Apenas o nome da Netflix foi explorado em 85 mil casos, associado a mais de 2,8 milhões de páginas falsas. Entre as iscas mais comuns estão falsas “avaliações gratuitas”, “redefinições de senha” e “avisos de expiração de assinatura”.
Especialistas recomendam evitar clicar em links compartilhados em grupos e desconfiar de promessas de conteúdo gratuito ou antecipado. O ideal é acessar sempre plataformas oficiais e manter antivírus atualizado no computador ou celular.
Classificação Indicativa: Livre