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Às vésperas de completar meio século de operação no país, a Fiat prepara uma reformulação profunda de seu portfólio nacional. A marca já havia antecipado que faria um lançamento por ano até 2030 e, segundo indicações recentes, o primeiro passo dessa estratégia será a chegada do substituto do Argo.
O novo hatch será inspirado no Grande Panda europeu, mas não será uma cópia direta. A ideia é adaptar o projeto às demandas e ao comportamento do consumidor brasileiro, mantendo ainda sua proposta global anunciada pelo CEO Olivier François.
A montadora vem testando protótipos na região de Betim e a apresentação do conceito Dolce Camper reforçou que o futuro modelo já está em fase avançada. A base será compartilhada com produtos da Stellantis, especialmente o Citroën C3 e o Peugeot 208, que utilizam a plataforma Smart Car. A proximidade técnica deve incluir medidas semelhantes, como cerca de 3,99 metros de comprimento e entre-eixos de 2,54 metros.
As versões europeias do Panda chamam atenção pelo estilo retrô e pelas combinações ousadas de cores. No entanto, para o Brasil, a previsão é de escolhas mais discretas. A intenção da Fiat é reduzir custos e simplificar o processo de produção, portanto elementos como estamparias com o nome “Panda” devem ser substituídos pelo emblema padrão nacional, segundo o Motor1.
Esse enxugamento visual deve atingir também tecidos, opções de interior e paleta de carroceria. Enquanto a Europa recebe tonalidades vibrantes, por aqui é esperado um conjunto mais clássico, alinhado ao gosto do público.
Na área mecânica, o futuro hatch terá motores já conhecidos. O 1.0 Firefly aspirado deve equipar as versões iniciais, com até 75 cv e câmbio manual de cinco marchas. Há possibilidade de que esse conjunto receba eletrificação leve de 12V, algo que já ocorre em modelos da própria Stellantis na Europa. Esse sistema ajuda no consumo sem exigir mudanças profundas na arquitetura do motor.
As configurações mais completas devem adotar o propulsor GSE T200 turbinado, com até 130 cv e transmissão CVT. Essa combinação deve repetir o sistema híbrido leve que estreou em veículos como Peugeot 208 e 2008.
No campo tecnológico, há expectativa de que o hatch utilize o sistema com ChatGPT embarcado, capaz de orientar o motorista sobre rotas, funções do carro e conteúdo do manual. A produção em Betim marcará a estreia da plataforma Smart Car na unidade e abrirá caminho para futuros sucessores de Strada, Pulse e Fastback.
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