Entretenimento
O horário de verão, suspenso desde 2019, voltou a gerar dúvidas entre a população. Nos últimos dias, muitas pessoas se perguntaram se os relógios seriam adiantados em uma hora ainda este ano.
O Ministério de Minas e Energia (MME) afirmou que a medida está “permanentemente em avaliação”, mas indicou que não deve ser implementada em 2025. Segundo a pasta, o sistema elétrico brasileiro está em boas condições para suprir a demanda até fevereiro de 2026.
“As condições dos reservatórios são favoráveis, evoluindo dentro da normalidade ao longo do período seco, deixando o Sistema Interligado Nacional (SIN) em situação melhor que no ano passado. Estudos até fevereiro de 2026 confirmam o pleno atendimento de energia”, destacou o MME.
O horário de verão foi interrompido durante o governo de Jair Bolsonaro, após estudos do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) apontarem que a medida deixou de gerar ganhos significativos de economia de energia.
O principal motivo foi a mudança nos hábitos da população. Hoje, o pico de consumo ocorre principalmente à tarde, impulsionado pelo uso de ar-condicionado e equipamentos de refrigeração, enquanto o horário de verão ajudava a aliviar a rede elétrica no início da noite.
De acordo com o Decreto nº 6.558/2008, modificado em 2017:
O horário de verão começava no primeiro domingo de novembro e terminava no terceiro domingo de fevereiro.
Quando coincidia com o Carnaval, o fim da medida era adiado.
A regra valia para os estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal.
Norte e Nordeste não participavam, por apresentarem pouca variação de luminosidade ao longo do ano.
Entre países tropicais, o Brasil foi um dos poucos a adotar o horário de verão. A prática também existe em países como Estados Unidos, Canadá, México, Chile e Paraguai, mas é pouco comum próximo à Linha do Equador.
No momento, não há previsão de retorno do horário de verão no Brasil. A decisão seguirá considerando fatores como nível dos reservatórios, mudanças nos hábitos de consumo e eficiência energética.
Enquanto isso, a população deve se adaptar ao atual modelo de fuso horário, sem adiantamento de relógios, pelo menos até novas avaliações do MME e do CMSE.
Classificação Indicativa: Livre