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Marca de Virgínia, WePink, terá que pagar R$ 5 milhões por danos morais; entenda o caso

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Decisão do MP de Goiás aponta práticas comerciais abusivas e determina novas regras para vendas da WePink, marca de Virgínia  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Instagram
Érica Sena

por Érica Sena

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Publicado em 19/11/2025, às 11h08



A marca de cosméticos WePink, fundada pela influenciadora Virgínia Fonseca, terá de pagar R$ 5 milhões por dano moral coletivo após investigação do Ministério Público de Goiás (MPGO).

O valor, que será dividido em 20 parcelas, é resultado de um acordo firmado depois de uma série de denúncias envolvendo falhas nas vendas e no atendimento ao consumidor.

Reclamações e violações ao Código do Consumidor

A apuração do MP identificou um cenário de práticas comerciais abusivas, como atrasos sucessivos na entrega dos produtos, ausência de reembolsos e descumprimento de ofertas. As irregularidades violam diretamente o Código de Defesa do Consumidor e chamaram atenção pelo volume expressivo de queixas registradas, como citado pelo site CNN Brasil.

Somente nos últimos dois anos, mais de 120 mil reclamações foram feitas em órgãos como o Procon de Goiás e plataformas como o Reclame Aqui.

O número, considerado atípico para o setor, motivou a abertura da investigação e a necessidade de medidas mais rígidas para proteger o consumidor.

Novas regras para campanhas e vendas

Pelo acordo, a empresa passa a ter limites claros para suas atividades de venda, incluindo as populares transmissões comerciais ao vivo. A WePink só poderá realizar campanhas quando houver estoque físico comprovado ou capacidade real de produção e entrega. Também fica proibida a pré-venda sem aviso explícito sobre prazos.

A companhia deverá implementar sistemas auditáveis e acessíveis ao MPGO e aos consumidores, garantindo transparência sobre a disponibilidade dos itens. A venda sem estoque, que motivou grande parte das reclamações, passa a ser vetada.

Desdobramentos e posicionamento da empresa

A decisão foi formalizada na sexta-feira (14), com participação dos promotores Élvio Vicente da Silva e Daniela Haun de Araújo Serafim. Até a última atualização, a WePink não havia respondido aos questionamentos enviados pela imprensa.

O caso se torna um dos mais emblemáticos envolvendo marcas influenciadas por fenômenos digitais e reacende o debate sobre responsabilidade no comércio eletrônico.

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