Entretenimento

Quem é o homem chinês por trás da Sister Hong?

Foto: Reprodução/Redes sociais
Sister Hong, um homem de 38 anos, foi preso na China após ser acusado de gravar relações sexuais sem consentimento e divulgar os vídeos na internet  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Redes sociais
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 23/07/2025, às 19h08



“Sister Hong”, um homem de 38 anos, foi preso em Nanquim, na China, após ser acusado de gravar relações sexuais sem consentimento e divulgar os vídeos em grupos pagos na internet.

A história viralizou ao redor do mundo após os conteúdos se espalharem em plataformas como TikTok e X (antigo Twitter), acompanhados por memes e montagens.

Quem é “Sister Hong”?

Identificado como Jiao, ele se passava por uma mulher nos aplicativos de relacionamento e marcava encontros íntimos em uma kitnet.

Para enganar os parceiros sexuais, Jiao usava uma persona chamada “Sister Hong”, uma mulher divorciada, segundo seu perfil. Usava perucas, maquiagem, filtros e até sistemas de modificação de voz para sustentar a mentira.

Nos encontros, ficava vestido, muitas vezes usando máscara. Em alguns casos, não fica claro se os parceiros percebiam que estavam com um homem na hora da relação. As vítimas, em sua maioria, são homens orientais, por mais que também tenha relatos de encontros com estrangeiros, como indianos.

Venda de vídeos adultos

Sem revelar aos envolvidos, Jiao gravava as relações sexuais e ganhava dinheiro em cima do material. De acordo com o jornal South China Morning Post, ele vendia o acesso aos vídeos em grupos online, cobrando uma taxa de 150 yuan (cerca de R$ 115 na cotação atual).

Apesar disso, a investigação aponta que Jiao não cobrava diretamente pelas relações sexuais, mas costumava pedir presentes simples, como leite ou frutas.

A exposição pelo vazamento dos vídeos tomou enormes proporções; vários homens se identificaram nas imagens. Alguns procuraram a polícia para denunciar o caso. Entre os casos divulgados, um professor de ensino infantil foi identificado pela mãe de um aluno, enquanto outro foi reconhecido pela própria noiva.

Autoridades apuram boatos

A prisão de Jiao ocorreu no início de julho, segundo informações da polícia de Nanquim. As autoridades investigam o número de vítimas envolvidas e negaram que mais de 1.600 homens teriam sido filmados. Também foi desmentido o rumor de que o acusado seria portador de HIV e teria transmitido a doença a 11 pessoas.

“Sister Hong” será julgado por divulgação de material obsceno e por violação dos direitos de imagem. A China também avalia se ele pode responder por outros crimes, como prostituição, caso os presentes recebidos sejam considerados uma forma de pagamento.

Classificação Indicativa: Livre

Facebook Twitter WhatsApp