Entretenimento
por Camila Lutfi
Publicado em 13/06/2025, às 18h14
Conhecida como Vale do Rift, ou Grande Vale da Fenda, uma rachadura gigante no oriente da África. No entanto, esse processo geológico já ocorre há milhares de anos e significa que a crosta terrestre está se rompendo, podendo se tornar um oceano no futuro.
A rachadura passa por países como Etiópia, Tanzânia, Quênia e Uganda, chegando até a República Democrática do Congo, Moçambique, Ruanda, Burundi e parte do Oriente Médio.
A fenda existe devido a um processo geológico que acontece no interior da Terra há milhões de anos: a movimentação de placas tectônicas. Basicamente, o Vale do Rift é fruto de um contínuo afastamento da placa na qual se encontra a África Oriental da placa da África Central. Devido ao movimento oposto, em que uma placa "empurra" a outra, a crosta terrestre começa a rachar.
Essas fissuras já destruíram estradas, trilhos de trem e até mesmo casas. Em algumas comunidades, animais podem cair em buracos e algumas famílias vivem ao lado dessas rachaduras, que invadiram suas propriedades.
Em 2023, um estudo da revista Nature Scientific Reports mostrou ainda que as fissuras observadas no Quênia — uma das regiões mais afetadas pelo vale — se formam também pela intensa atividade vulcânica da região, que deixa a situação mais complexa. Além disso, esse fenômeno também libera gases tóxicos como metano (CH₄) e dióxido de enxofre (SO₂) para o ar da região.
O estudo mostra que uma separação do continente africano está, de fato, em curso. Essa movimentação causa fraturas que aumentam com o tempo, abrindo caminho para a entrada de água e gases do subsolo.
Porém, o processo demoraria milhões de anos para que um oceano se forme entre as duas regiões. Esse é o mesmo tipo de transformação que aconteceu para formar o Oceano Atlântico, por exemplo, há milhões de anos.
A situação é inevitável, mas os efeitos da movimentação das placas tectônicas traz diversas consequências além do Vale de Rift. Por exemplo, o risco de contaminação da água subterrânea, visto que gases e sedimentos podem infiltrar-se no lençol freático por meio dessas fissuras.
*Com informações da CNN Brasil
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