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Quem já enfrentou a Rodovia Oswaldo Cruz sabe que o trecho de serra até Ubatuba combina curvas fechadas, trechos íngremes e uma vista impressionante da Mata Atlântica. Esse cenário bonito esconde um desafio real para os motoristas, principalmente em dias de chuva ou neblina.
Antes de se preocupar com a paisagem, é fundamental adotar uma condução técnica. A escolha correta da marcha faz toda a diferença para manter o controle do veículo e evitar sobrecarga no sistema de freios durante a descida.
Para veículos manuais, a regra mais confiável é utilizar na descida a mesma marcha que seria empregada na subida. Em trechos muito inclinados, isso geralmente significa manter a segunda ou terceira marcha, de acordo com a inclinação e a velocidade, segundo o Click Petróleo e Gás.
A técnica do freio-motor faz toda a diferença nesse tipo de trajeto, já que reduz a velocidade naturalmente, sem a necessidade de pressionar o pedal de freio constantemente. Essa prática é especialmente útil em serras longas, como a de Ubatuba, que possui cerca de 17 km de descida com curvas que variam de 40° a 180°.
Quando o motorista utiliza marchas mais altas, o carro tende a ganhar velocidade rapidamente, exigindo o uso contínuo dos freios. Essa situação aumenta consideravelmente o risco de superaquecimento e perda de eficiência, comprometendo a segurança em curvas mais fechadas.
Nos carros automáticos, o próprio sistema costuma detectar a inclinação da via e reduzir as marchas sozinho. Isso garante uma condução mais fluida, principalmente em descidas prolongadas. No entanto, em situações em que o motor opera em rotações muito baixas, a intervenção manual se torna necessária.
Nesses casos, recomenda-se acionar o modo manual da transmissão, seja pela alavanca, seja pelas borboletas no volante. Essa ação mantém o motor em rotações mais altas, intensificando o efeito do freio-motor e diminuindo a dependência dos freios.
Conduzir com a marcha adequada traz mais controle e estabilidade, fatores essenciais em trechos sinuosos e úmidos, comuns na Serra do Mar. Além de proporcionar maior sensação de segurança, essa prática reduz o desgaste das pastilhas e evita falhas no sistema de frenagem, prolongando a vida útil dos componentes.
A combinação de atenção, técnica e uso correto do câmbio transforma a descida pela Serra de Ubatuba em uma viagem mais tranquila, segura e prazerosa, permitindo aproveitar o trajeto com confiança do início ao fim.
Classificação Indicativa: Livre