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No chocante encerramento de “Wicked: Parte 2”, que estreou nesta quinta-feira (20) nos cinemas brasileiros, Elphaba (Cynthia Erivo), declarada oficialmente como a Bruxa Má do Oeste, protagoniza um ato corajoso. A informação é do Omelete.
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Elphaba enfrenta o regime do Mágico de Oz (Jeff Goldblum) e desafia seu discurso de manipulação. Através de mentiras e propaganda, o poder demoniza sua figura para manter o controle, como estratégia para revelar que a chamada visão do “mal” pode ser fabricada para sustentar estruturas autoritárias.
O momento mais chocante do filme acontece quando Elphaba é dada como morta depois de um ataque, o mesmo que remete à icônica cena do balde d’água do Mágico de Oz de 1939.
Mas sua morte é apenas uma encenação. Elphaba e Fiyero (Jonathan Bailey), que foi transformado em Espantalho para escapar da tortura, fogem em segredo pelas passagens subterrâneas do castelo, abandonando a versão oficial criada pelo poder para o povo.
No último encontro entre Elphaba e Glinda (Ariana Grande), o tamanho da amizade entre elas é estabelecido quando a Bruxa Boa do Norte decide permanecer em Oz para governar com mais sensibilidade, carregando a verdade dentro de si.
Já Elphaba parte para um exílio, escolhendo existir fora da narrativa que sempre a perseguira.
Segundo a análise do Omelete, a trama mostra que a “vitória celebrada” pelo povo foi construída sobre rótulos convenientemente fabricados.
A “bruxa má” não era realmente a vilã, mas sim uma resistente ao sistema. Sua sobrevivência simboliza a maneira como o "mal" pode surgir da insatisfação com um sistema injusto e que, muitas vezes, a vítima se torna resistente para sobreviver.
A decisão de Elphaba de deixar Oz representa muito mais do que fuga: é a afirmação de sua identidade. Ela compreende que nunca terá espaço ali, sob as mentiras do regime, e prefere ir embora a continuar sendo um símbolo demonizado.
Glinda, por sua vez, escolhe ficar para tentar consertar o mundo que ajudou a sustentar, mesmo que isso signifique carregar o peso da farsa oficial.
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