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O remake de Vale Tudo, que chega ao fim nesta sexta-feira (17), a trajetória de Maria de Fátima, interpretada por Bella Campos, sofreu alterações significativas em relação à versão original.
Vários momentos polêmicos, presentes na interpretação de Gloria Pires, foram eliminados da adaptação. O público deixou de acompanhar episódios mais extremos, como a venda do próprio filho ou tensões familiares intensas.
Na novela original, Maria de Fátima tinha atitudes dramáticas, incluindo confrontos com a mãe e planos questionáveis envolvendo o filho.
A versão atual buscou suavizar essas ações, concentrando a narrativa em outros elementos da história, especialmente na evolução da personagem e no seu crescimento pessoal, segundo o Na Telinha.
Um dos episódios envolve o roubo de uma joia de Celina (Nathália Timberg). Inicialmente, Marina (Ana Lúcia Monteiro), empregada da família Roitman, era acusada injustamente.
A tensão aumentava enquanto Celina descobria a verdade ao ouvir uma conversa de Maria de Fátima ao telefone com César (Carlos Alberto Riccelli). A grã-fina intervinha, salvando Marina e repreendendo a rival, mas essa sequência não apareceu no remake.
Outro ponto eliminado foi o suspense em torno do exame de DNA do filho da personagem. Na versão original, o público aguardava a revelação sobre se o bebê era de César ou de Afonso (Cássio Gabus Mendes), um momento de grande tensão que mostrava a complexidade das relações familiares e financeiras da trama.
Entre os cortes mais polêmicos está o plano de Maria de Fátima de vender seu filho com a ajuda de Olavo (Paulo Reis). A personagem chegava a entregar a criança a um casal estrangeiro interessado em uma adoção ilegal, mas o plano era frustrado por Raquel (Regina Duarte), que corria ao aeroporto e impedia a ação, assumindo a guarda do neto.
Além disso, o remake deixou de mostrar Maria de Fátima como suspeita de assassinar Odete Roitman (Beatriz Segall). Na versão original, a jovem tentava proteger Ivan (Antonio Fagundes) ao inventar histórias à polícia, mas acabava sendo apontada como culpada, enquanto Raquel assumia a culpa para proteger a filha.
Esse arco dramático foi suavizado na nova adaptação, focando mais na redenção da personagem.
O resultado é uma narrativa mais enxuta, que preserva o crescimento de Maria de Fátima sem expor de forma tão intensa os extremos da personagem original, mantendo o público atento até a reta final.
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