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A rede Burger King enfrenta uma nova turbulência nos Estados Unidos. Uma de suas principais franqueadas, responsável por dezenas de lojas na Flórida e na Geórgia, entrou em recuperação judicial após acumular uma dívida equivalente a R$ 199 milhões.
A empresa Consolidated Burger Holdings (CBH), que administra 57 unidades do Burger King, recorreu ao Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA um mecanismo que permite reorganizar dívidas sem encerrar as atividades.
Com isso, as lojas continuam funcionando enquanto a companhia tenta se reestruturar e evitar o fechamento.
Entre os principais credores está a própria Burger King Corporation, que deve receber cerca de R$ 12,9 milhões.
A CBH é a quarta franqueada da marca a pedir recuperação judicial desde a pandemia. Antes dela, as empresas Meridian Restaurants Unlimited, Toms Kings e Premier Kings, que juntas administravam quase 400 lojas, também enfrentaram dificuldades financeiras.
O aumento dos custos de transporte, alimentos e mão de obra, somado à inflação pós-pandemia, foi apontado como principal causa do endividamento.
Apesar da crise, o Burger King não está em falência. A recuperação envolve apenas a franqueada CBH e não afeta as operações da marca no Brasil.
Segundo a rede, a estratégia agora é transferir unidades a grandes operadores e reduzir o número de franqueados menores.
“O sistema Burger King está mais forte hoje, focado em franqueados que investem no longo prazo”, afirmou um porta-voz da companhia ao New York Post.
No Brasil, as lojas continuam funcionando normalmente. A operação local é independente e gerida pela Zamp, dona também dos restaurantes Popeyes, sem qualquer relação com a CBH.
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