Negócios
por Marcela Guimarães
Publicado em 22/05/2025, às 15h43
Após a chegada da Morris Garage (MG), agora é a vez da Changan, montadora mais antiga da China, retomar suas operações no mercado brasileiro. Com mais de 2 milhões de carros vendidos em 2024, a marca já tem planos para começar suas vendas por aqui no início de 2027.
O retorno vai incluir veículos comuns e também utilitários, com modelos novos em folha para o público brasileiro. A Changan já chegou a registrar o Avatr 07 no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e vem testando o modelo 11 por aqui com a intenção de disputar espaço no mercado automotivo premium.
A gigante da China comanda sua própria marca e outras empresas como UNI, NEVO, LCV, Deepal e Avatr, esta última desenvolvida em parceria com a Huawei e a fabricante de baterias CATL, líder global no setor. O grupo ainda mantém joint ventures com a Ford e a Mazda.
Focada em inovação, a Changan investe 5% da sua receita anual em pesquisa e desenvolvimento. Desde o 11º Plano Quinquenal chinês, o valor já conseguiu ultrapassar 138 bilhões de yuans (cerca de R$ 108 bilhões na cotação atual).
No Brasil, a estratégia não será totalmente voltada para os elétricos; a aposta deve ser equilibrada, mas principalmente focada em híbridos, seguindo o que vem ganhando força aos poucos no mercado nacional.
No último Salão de Xangai, os modelos da Avatr chamaram a atenção do público e ganharam destaque ao lado de marcas como a LiAuto, ambas com apostas em design ousado e soluções tecnológicas de ponta.
A Changan já teve uma breve passagem pelo Brasil entre 2006 e 2016, quando comercializou a microvan Chana, que até mesmo chegou a virar motivo de piada na época pelo nome sugestivo. Agora, o cenário é outro: a marca quer disputar as partes mais sofisticadas do universo automotivo brasileiro.
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