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por Camila Lutfi
Publicado em 20/05/2025, às 16h10
Os investimentos são uma forma muito interessante de aumentar o seu patrimônio por meio dos juros. Se aplicado na renda fixa, o seu dinheiro pode crescer conforme as taxas de juros ou de inflação do País.
Para quem deseja ter R$ 50 mil na conta, por exemplo, para uma reserva de emergência ou outro objetivo, pode aplicar uma quantia bem menor mensalmente e conquistar esse valor final em alguns anos.
Confira quanto é necessário guardar para ter meio milhão em dois ou três anos. O cálculo foi realizado pelo especialista em Investimentos CEA e sócio da GT Capital, Joaquim Neto, a pedido da IstoÉ Dinheiro:
Investimento | Rendimento líquido (%) | Valor investido mensalmente |
CDB 100% do CDI | 0,90% | R$ 1.874,80 |
Fundo de investimento em infraestrutura | 1,01% | R$ 1.851,33 |
Poupança | 0,50% | R$ 1.965,66 |
Investimento | Rendimento líquido (%) | Valor investido mensalmente |
CDB 100% do CDI | 0,85% | R$ 1.193,08 |
Fundo de investimento em infraestrutura | 0,95% | R$ 1.171,44 |
Poupança | 0,50% | R$ 1.271,06 |
Como é possível perceber, diferentes investimentos permitem ter o montante em dois ou três anos. No entanto, é essencial conhecê-los antes de aplicar seu dinheiro para entender se fazem sentido com o seu planejamento financeiro.
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título de renda fixa privado, que funciona como um empréstimo do seu dinheiro para o banco. Depois do tempo acordado, ele retorna acrescido dos juros.
Essa modalidade pode ter títulos pré-fixados, com rendimento fixo, ou pós-fixados, com rendimentos atrelados aos juros da economia brasileira (Selic ou CDI) ou à inflação (IPCA).
Os rendimentos do CDB são tributáveis, ou seja, parte do valor vai para a Receita Federal por meio do Imposto de Renda. Por meio de uma alíquota regressiva, as taxas são cobradas a partir do tempo de permanência na aplicação, veja:
O fundo de investimento em infraestrutura (FI-Infra) é uma carteira de investimentos com ativos relacionados ao setor de infraestrutura, como debêntures incentivadas e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).
Aqui, o funcionamento é parecido com os CDBs, como um empréstimo, mas para a instituição que gestiona esse fundo. O seu dinheiro é utilizado para fomentar o setor e, após o tempo combinado, retorna para a sua conta.
No entanto, seus rendimentos são isentos do IR.
O investimento mais popular do Brasil é também o que traz os menores retornos. Nesse caso, o empréstimo do seu dinheiro vai para o governo.
Porém, seu rendimento está diretamente associado à taxa básica de juros brasileira, a Selic. Quando a taxa está acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial - que opera próximo a 0,0%.
Já quando a Selic está abaixo de 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic mais a TR.
Atualmente, a Selic foi aumentada para 14,75% ao ano e a perspectiva é que se mantenha em níveis altos por mais tempo.
Sim. Os títulos de renda fixa oferecem muita segurança aos investidores. Caso as instituições financeiras não possam pagar os valores combinados, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) protege os investimentos na poupança e em CDBs em até R$ 250 mil. Ou seja, os investidores receberão de volta valores de até esse limite.
Além disso, investimentos da modalidade nunca reduzem o seu patrimônio inicial, visto que rendem conforme os juros. Não há a possibilidade de perder dinheiro nessas aplicações, apenas de manter estagnada ou do rendimento não ser satisfatório em certos casos.
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