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O projeto quer ligar a Dinamarca à Alemanha. - Foto: Ricardo Stuckert / PR via Agência Brasil
por Camila Lutfi
Publicado em 29/07/2025, às 18h56
A mesma técnica utilizada para o Túnel Imerso Santos-Guarujá, que promete transformar a mobilidade entre as duas cidades, também é utilizada em um projeto similar na Europa.
Com a utilização de módulos pré-fabricados, a construção dispensa máquinas de perfuração. Esse modelo se adapta bem ao grande projeto de ligar a Dinamarca à Alemanha em um dos maiores túneis imersos do mundo.
Segundo a CNN internacional, serão 18 quilômetros de extensão, utilizando somente blocos de concreto pré-fabricados, que se conectam por meio de uma vala cavada. O investimento foi de 7,4 bilhões de euros (ou cerca de R$ 46,5 bilhões).
Essas estruturas de concreto medem 217 metros de comprimento por 42 metros de largura e 9 metros de profundidade. O peso de cada bloco equivale a dez Torres Eiffel, totalizando impressionantes 73 mil toneladas.
Para se ter uma ideia da distância do túnel, seria como fazer um túnel submerso que passa do centro de São Paulo até o centro de Guarulhos.
Esses moldes causam menores danos ao meio ambiente, além de ajudarem a aceletrar a construção. O custo de sua produção e instalação também pode ser menor.
A expectativa é instalar 79 blocos entre Rødbyhavn, no lado dinamarquês da Ilha Lolland, e Puttgarden, na ilha alemã de Fehmarn, criando o túnel completo a 40 metros de profundidade no Mar Báltico.
É esperado que a primeira estrutura seja concluída até 2029.
De acordo com o Governo de São Paulo, a obra tem um investimento de quase R$ 6 bilhões e será o primeiro túnel submerso do Brasil. Sua infraestrutura será a maior da América Latina, com profundidade de 21 metros e extensão de aproximadamente 1,5 km, sendo 870 metros submersos.
O projeto faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP) e visa reduzir o tempo de deslocamento entre Santos e Guarujá.
Atualmente, mais de 21 mil veículos atravessam diariamente as duas margens utilizando balsas e catraias, e cerca de 7,7 mil ciclistas e 7,6 mil pedestres também fazem o trajeto.
Com a construção do túnel, a travessia será realizada em poucos minutos, proporcionando mais eficiência e reduzindo as longas filas enfrentadas.
O novo túnel contará com três faixas, uma delas será usada para a passagem do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Veículos de passeio, transporte público e caminhões poderão usar as outras duas faixas. Também terá ciclofaixa e espaços destinados a pedestres.
Serão gerados cerca de 9 mil empregos diretos e indiretos, e é uma parceria entre o Governo de São Paulo e o Ministério de Portos e Aeroportos.
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