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Polícia revela novos detalhes do assassinato de professora; saiba o que falta esclarecer

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Corpo da professora foi encontrado com sinais de estrangulamento; mandante está presa, dois homens seguem foragidos e uma mulher ainda não foi identificada  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Câmera de segurança
Isabela Fernandes

por Isabela Fernandes

Publicado em 10/05/2025, às 11h00



A Polícia Civil de São Paulo segue investigando o assassinato da professora Fernanda Reinecke Bonin, encontrada morta no dia 28 de abril em um terreno baldio na zona sul da capital.

Em coletiva realizada na sexta-feira (9), eles revelaram que pontos como o local exato da morte, a motivação por trás do homicídio e a participação de outros suspeitos, dois dos quais seguem foragidos, ainda precisam ser esclarecidos.

Fernanda, de 42 anos, era mãe de dois filhos e professora de matemática da renomada Beacon School, e tinha reconhecimento internacional.

Como a vítima foi assassinada

A polícia aponta que Fernanda Bonin foi atraída para uma emboscada armada por sua ex-companheira, Fernanda Fazio. A suspeita teria enviado uma mensagem pedindo ajuda com o carro, alegando um defeito mecânico. A professora foi até o local, na zona oeste de São Paulo, por volta das 18h52 do dia 27 de abril.

No local, três homens a aguardavam. Fernanda foi atacada com uma faca e colocada dentro do próprio carro. Seu corpo foi levado até um terreno baldio na zona sul da cidade, a cerca de 25 km de distância, onde foi abandonado. Havia um cadarço enrolado em seu pescoço, indicando estrangulamento.

Quem são os suspeitos

Até agora, a Polícia Civil identificou cinco envolvidos no crime:

  • Fernanda Fazio – ex-companheira da vítima e apontada como a mandante. Está presa.
  • João Paulo Bourquim – preso após ser flagrado por câmeras de segurança descartando o carro da vítima.
  • Rosenberg Joaquim de Santana, conhecido como “Bergui” – está foragido; seria o elo entre Fazio e os executores.
  • Ivo Rezende dos Santos – também foragido, suspeito de participar diretamente da execução.
  • Mulher não identificada – aparece nas filmagens com João Paulo e é investigada por envolvimento no descarte do carro.

Um motorista ainda não identificado teria levado os criminosos até o ponto da emboscada.

Segundo o delegado-geral Artur Dian, Fernanda Fazio e Rosenberg mantinham uma amizade próxima. Após o término com a professora, Fazio passou a contar com ele como uma espécie de "faz-tudo" em seu cotidiano.

A investigação aponta que, em uma dessas conversas, Fazio teria pedido ajuda para planejar o assassinato da ex-companheira. A polícia ainda apura se houve pagamento aos envolvidos e qual o valor, caso tenha existido.

Tentativa de álibi e movimentações pós-crime

Logo após o crime, Fazio foi ao apartamento da vítima alegando que havia ido devolver os filhos do casal. A ação, segundo a polícia, pode ter sido uma tentativa de construir um álibi.

No dia seguinte, ao notar o desaparecimento da professora, ela mesma entrou em contato com a Polícia Militar. 

Na sexta-feira (9), Fazio foi presa, suspeita de ser a mandante do crime. A Polícia Civil trabalha com duas principais hipóteses de motivação: 

  • Ciúmes e inconformismo com o fim do relacionamento – Fazio não aceitava o término com Fernanda Bonin.
  • Interesse financeiro – a professora tinha um seguro de vida estimado entre R$ 400 mil e R$ 500 mil. A suspeita, que é veterinária, passava por dificuldades financeiras com sua clínica.

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