Polícia

Balão que caiu em SP e matou mulher operava com CNPJ irregular; entenda

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Acidente aconteceu em Capela do Alto, no interior paulista; balão era usado irregularmente para turismo  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Redes sociais
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 16/06/2025, às 10h54



Um balão caiu na manhã do último domingo (15) em Capela do Alto, no interior de São Paulo. A empresa responsável já tinha sido lacrada anteriormente por questões irregulares, mas voltou a operar usando um novo CNPJ.

Em nota, a Prefeitura de Boituva informou que fará uma reunião nesta segunda-feira (16) com a Secretaria Municipal de Segurança, a Secretaria de Assuntos Jurídicos e a Confederação Brasileira de Balonismo (CBB) para acertar as medidas administrativas imediatas, como nova lacração da empresa, se necessário.

A CBB declarou que a empresa não tinha a documentação do balão, o piloto não contava com uma licença válida e o veículo aéreo foi construído sem fiscalização e controle de qualidade adequados. O acidente deixou uma mulher morta e pelo menos 16 pessoas feridas.

Entenda o caso

O balão transportava 35 pessoas, sendo 33 passageiros, um piloto e um auxiliar, e caiu em uma área de mata. De acordo com a Polícia Militar, uma mulher morreu no local e 16 pessoas sofreram ferimentos leves.

A vítima fatal foi identificada como Juliana Prado de Oliveira Pereira, de 27 anos. Natural de Pouso Alegre (MG), ela estava no voo acompanhada do marido, Leandro de Aquino Pereira, com quem celebrava o Dia dos Namorados.

O piloto foi preso em flagrante e, segundo a PM, poderá responder por dolo eventual. Ele possuía a autorização necessária somente para voos particulares.

A tragédia gerou comoção entre os familiares da vítima. “Ela era muito querida. Não consigo acreditar que um simples passeio tirou a vida da Ju”, lamentou Maria Ivone Aquino, avó do marido de Juliana. Jéssica Aquino, tia de Leandro, criticou a negligência: “Como colocam 33 pessoas num balão com aquele vento todo? Foi uma irresponsabilidade absurda”.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que o piloto tentou pousar em uma área inadequada, sem sucesso, o que acabou causando o acidente. O caso foi registrado na Delegacia de Tatuí como homicídio culposo. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) segue com as investigações.

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