Polícia
por Marcela Guimarães
Publicado em 13/09/2025, às 10h54
A Associação do Orgulho dos LGBTQIAPN+ protocolou uma representação no Ministério Público de São Paulo (MPSP) pedindo que seja apurada uma possível participação de Antônio, pai de Alexandre Nardoni, no assassinato de Isabella Nardoni, ocorrido em março de 2008.
O caso, que teve comoção nacional, levou o pai da vítima e Anna Carolina Jatobá, a madrasta, à condenação.
O documento encaminhado ao MPSP menciona o depoimento de uma policial penal que acompanhava Anna Carolina na prisão. A servidora teria ouvido da própria condenada que o sogro participou do crime.
“Segundo o relato da servidora pública, o referido indivíduo teria prestado auxílio consciente aos autores do crime, colaborando com a criação de álibi para acobertar os réus”, diz o texto.
Ainda de acordo com a representação, Antônio Nardoni teria agido “de forma efetiva ou instigadora na execução da vítima, que à época ainda se encontrava com sinais vitais quando foi arremessada da janela”.
O documento ressalta que o avô de Isabella nunca chegou a ser investigado oficialmente na época do assassinato da criança.
A petição destaca que a policial penal teme vingança caso formalize a denúncia e, por isso, a associação solicita a “instauração ou reabertura” de inquérito para apurar a participação de Antônio Nardoni, além da adoção de medidas de proteção à servidora.
Em entrevista ao portal Metrópoles, o deputado suplente Agripino Magalhães Júnior, presidente da Associação do Orgulho dos LGBTQIAPN+, afirmou que não pode ter impunidade no caso.
Além disso, ele também criticou o fato de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá cumprirem pena em regime aberto.
“É revoltante ver Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá circulando livremente entre nós, como se nada tivessem feito. Esse casal tirou a vida de uma criança de forma brutal, covarde e imperdoável. Não são pessoas comuns, são monstros que carregam nas mãos o sangue da própria filha e enteada”, declarou.
“A sociedade não pode se calar diante dessa afronta. Precisamos de proteção, precisamos de justiça real. Gente assim não merece conviver em meio à coletividade, porque o que representam é ameaça, dor e medo. Meu total repúdio a esse casal que jamais deveria ter o direito de caminhar entre nós como se fossem inocentes”, finalizou Agripino.
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