Polícia

Esquema de propina com dono da Ultrafarma movimentou R$ 1 bilhão, diz MP

Reprodução/ G1
Sidney Oliveira e Mario Otávio Gomes são presos em operação que investiga corrupção de mais de R$ 1 bilhão em propinas.  |   BNews SP - Divulgação Reprodução/ G1
Gabriela Teodoro Cruz

por Gabriela Teodoro Cruz

[email protected]

Publicado em 12/08/2025, às 10h24



O empresário Sidney Oliveira, proprietário da Ultrafarma, Mario Otávio Gomes, diretor da Fast Shop, e um auditor fiscal da Secretaria da Fazenda de São Paulo foram presos na manhã desta terça-feira (12) durante a Operação Ícaro, deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP). A ação investiga um sofisticado esquema de corrupção que, segundo as apurações, teria movimentado mais de R$ 1 bilhão em propina.

Esquema milionário de corrupção e propina

A operação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (GEDEC), visa desarticular uma organização criminosa que favorecia empresas do setor varejista, com benefícios ilícitos na quitação de créditos tributários. O valor estimado em propinas ultrapassa a marca de R$ 1 bilhão.

Manipulação de processos administrativos para quitação de dívidas

Segundo o Ministério Público, o auditor fiscal estadual manipulava processos administrativos para facilitar a quitação de dívidas tributárias das empresas envolvidas no esquema. Essa facilitação ilegal permitia que as companhias reduzissem ou quitassem suas obrigações fiscais de forma irregular.

Pagamentos ilegais e dinheiro encontrado na casa do fiscal

Em contrapartida, o fiscal recebia pagamentos mensais por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe, o que caracterizaria a ocultação do dinheiro. Durante as buscas, as autoridades encontraram uma grande quantia em dinheiro na residência do auditor, reforçando as suspeitas do esquema de corrupção.

Mandados de prisão, busca e apreensão cumpridos

No total, foram cumpridos três mandados de prisão temporária contra o auditor fiscal, apontado como principal operador do esquema, e contra os empresários Sidney Oliveira e Mario Otávio Gomes. Além disso, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços residenciais e nas sedes das empresas investigadas.

Classificação Indicativa: Livre

Facebook Twitter WhatsApp